Formas de dominação e resistência em um conflito ecológico na Amazônia Oriental.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: RODRIGUES, Fabiano dos Santos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4308
Resumo: Este trabalho se propõe a estudar e analisar como distintos atores sociais constroem e mobilizam instrumentos e estrategias de dominação e resistência em um conflito em que envolve disputas tanto pela posse, uso, acesso e garantia da qualidade de recursos naturais, sejam para acumulação de capital econômico sejam para a garantia de sobrevivência básica. O conflito que estudamos se manifestam e evidencia no Projeto de Assentamento Califórnia, localizado no município de Açailândia no estado do Maranhão onde ao longo de sua existência a população que ali viveu e vive tem convivido com problemas, incertezas e riscos de plantações de eucalipto que rodeiam toda a área do assentamento e de outras atividades realizadas com o material proveniente destas. A propriedade destas plantações ao longo do tempo foi mudada, contudo os proprietários são e sempre foram grandes grupos econômicos nacionais que se estabeleceram por meio da implantação de grandes projetos econômicos que a partir da década de 1960 passaram a serem implantados na Amazônia. Contudo, ao longo dos tempos muitas contradições e problemas deste processo tem se manifestado, como a não inclusão de parte da população que ali já vivia e foi atraída para a região e que diante de dificuldades e sem acesso e condições matérias se organizaram em movimentos sociais para revindicarem o acesso a recursos e meios de vida em especial a terra e contestarem a degradação, concentração e exploração exponencial de recursos naturais. Diante destes problemas, contradições e conflitos tem sido recorrentes e em grande medida intensos, dentre estes o que se manifesta e evidencia no referido projeto de assentamento. Como tratamos da trajetória histórica e social de atores sociais distintos e que ao longo de um determinado tempo, condições politicas, posse, controle e acesso a certos bens tem tornado essa distinção bastante acentuada, em especial por assimetrias de poder. Perante isto centralmente nos apoiamos numa metodologia histórica, social e comparativa, tendo por recorte analítico relações de dominação e resistência e nos apoiamos teoricamente numa articulação conceitual a partir das perspectivas de conflitos ecológicos em Alier, formas de resistência em Scott e dominação por consentimento ou hegemonia em Gramsci.