Degradação da cobertura vegetal e suas consequências ambientais no município de Barra de Santana, PB.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/904 |
Resumo: | Indícios de degradação ambiental em território brasileiro datam da ocupação lusitana, inicialmente na zona litorânea nordestina, posteriormente direcionada para o interior do território (agreste e sertão). A espacialização das atividades desenvolvidas no sertão paraibano a exemplo da criação do gado bovino, da cotonicultura, do desmatamento, associados aos eventos de secas prolongadas e a vulnerabilidade da população rural provocaram impactos ambientais negativos. Em algumas microrregiões do Estado da Paraíba a exemplo do Cariri Oriental, apresentam áreas em estágio avançado de desertificação, o município de Barra de Santana foi escolhido para realização do presente estudo por se estar inserido na microrregião supracitada e estar susceptível ao processo de desertificação. O principal objetivo dessa pesquisa foi analisar a relação entre os condicionantes naturais e antrópicos no processo de degradação da cobertura vegetal no município de Barra de Santana-PB entre o período de 1987 a 2015 (28 anos) e suas consequências, justificando-se pela escassez de estudos sobre os processos de degradação ambiental na região do semiárido paraibano, em particular no município supracitado. Essa pesquisa foi desenvolvida a partir de três etapas, inicialmente com a revisão de literatura tratando de aspectos históricos, socioambientais e econômicos relacionados a degradação do Bioma Caatinga regional e local. A segunda etapa se deu a partir da aplicação de questionários objetivos semiestruturados na zona rural do município estudado. A terceira etapa foi realizada através do emprego de técnicas de Sensoriamento Remoto e dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s) com a utilização de imagens de satélite que auxiliaram na análise de aspectos biofísicos da cobertura vegetal do município estudado através da dinâmica da cobertura vegetal da Caatinga e do cálculo do Índice de Vegetação Ajustado ao Solo (SAVI). Verificou-se a importância de alguns programas sociais na amenização das condições de vulnerabilidade da população rural, como o Programa Bolsa Família, Bolsa Estiagem, Seguro Safra, Água Para Todos e tecnologias sociais como as cisternas de placa que tem garantido o mínimo de segurança hídrica e alimentar para as famílias que residem na zona rural. Tendo em vista que, mesmo atendidos por alguns programas sociais, apenas a vulnerabilidade social se apresentou moderada (29,1%), as outras vulnerabilidades como a econômica (92,1%), a tecnológica (67,8%) e hídrica (64,7%) foram identificadas com altos níveis. Os resultados obtidos a partir da comparação entre as imagens de SAVI referentes os anos de 1987 e 2015 evidenciam uma redução de 37% da área ocupada por Caatinga Arbórea densa e Subarbórea densa presentes no ano 1987, representando uma taxa de desmatamento de 2,8 Km2/ano. Houve um aumento de 49,7% das classes de Caatinga Arbustivas abertas, Subarbustiva rala, Subarbustiva muito rala e Solo exposto, uma evolução de 2,9 Km2/ano. O mapeamento da Susceptibilidade Natural a Degradação Ambiental obtido a partir da sobreposição de mapas de vegetação, erodibilidade do solo e declividade indicam uma redução das áreas pertencentes as classes de susceptibilidade Muito Baixo de 25% (1987) para 11,2% (2015). Nas áreas pertencentes a classe com nível Alto de susceptibilidade houve uma aumento, entre 1987 e 2015 de 12,8% para 16%, a classe de susceptibilidade Muito Alta passou de 14,8% (1987) para 23,5% (2015), esse aumento ocorreu em áreas que possuem declividade acentuada e capacidade de perda de solo muito elevadas, neste caso deve-se reiterar a importância da preservação da vegetação nativa para garantir a estabilidade dos solos, o que não impede a utilização dessas áreas para o desenvolvimento de atividades econômicas que sejam sustentáveis. |