Aspectos climáticos das posições da zona de convergência intertropical e dos anticiclones semipermanentes do Atlântico Sul e do Pacífico Sul: relações com regimes de chuva no nordeste do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CARDOSO, Letícia Karyne da Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11276
Resumo: A presente pesquisa visou analisar a influência do posicionamento da Zona de Convergência Intertropical e das Altas Semipermanentes do Atlântico Sul e do Pacífico Sul na precipitação sobre a região Nordeste do Brasil usando dados de reanálise NCEP. Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizados dados da componente u e v da velocidade do vento, e em seguida calculada a vorticidade para adquirir as séries climatológicas de cada sistema meteorológico (ZCIT, ASAS e ASPS) no período correspondente a janeiro de 1988 até dezembro de 2017. Além disso, se obteve a série climatológica da precipitação com o uso dos dados de reanálise disponíveis no Global Precipitation Climatology Project (GPCP) para três regiões do NEB: norte, sudoeste e litoral leste. Os primeiros resultados referem-se à climatologia mensal da precipitação destas três regiões do NEB e do posicionamento dos sistemas meteorológicos. A climatologia da precipitação, em quase todas as regiões, mostrou-se semelhante a respeito do período chuvoso e menos chuvoso ser bem definido, com exceção da região litorânea. Já a climatologia do posicionamento médio da ZCIT na qual foi identificada a sua posição mais ao sul nos meses de janeiro a maio do Hemisfério Sul, sendo o mês de março com o maior deslocamento latitudinal, aproximadamente 6°S. A variação latitudinal das ASAS e ASPS estão ligadas diretamente com a sazonalidade. Nos meses de verão é verificado a posição mais ao sul de ambas as altas semipermanentes, o contrário também é observado, com o posicionamento mais ao norte nos meses de inverno. Já variação longitudinal não mostrou um comportamento dependente das estações do ano. Entretanto, apresentou uma grande variabilidade da sua posição longitudinal, principalmente a ASPS. A ASAS obteve a posição mais leste (em torno de 5°L) nos meses de março a maio. A análise estatística para conhecer a relação do posicionamento da ZCIT, ASAS e ASPS com a precipitação de cada região, observou-se valores de r e r² de 0,85 e 0,72, para a região norte, 0,61e 0,37 para região sudoeste e 0,41 e 0,16 para a região litoral leste, demonstrando que de todas as regiões, a parte norte do NEB tem uma relação mais forte com os posicionamentos da ZCIT, ASAS e ASPS.