Distúrbios e sistema digestório em bovinos na Paraíba e Intoxicações por plantas em ruminantes e equídeos no Estado de Sergipe.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Eduardo Melo.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25523
Resumo: No primeiro capítulo descrevem-se os aspectos epidemiológicos e as alterações clínicopatológicas de um surto de alterações digestórias em bovinos alimentados com Agave sisalana. O rebanho acometido era formado por 22 animais adultos, criados de forma semiextensiva, que, devido à escassez de forragem, receberam no cocho, quase que exclusivamente, durante dois meses, o caule do A. sisalana cortado manualmente. Um animal foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, com diagnóstico presuntivo de compactação ruminal e obstrução intestinal, no segundo dia de internamento o animal morreu, na necropsia observou-se rúmen, retículo e omaso repletos, com conteúdo fibroso e ressecado constituído por fibras de A. sisalana. Em todos os préestômagos e no abomaso havia fitobezoares, que mediam entre 4 e 12 cm de diâmetro e no duodeno um fitobezoar obstruía parcialmente a luz do órgão, com a porção anterior repleta de conteúdo e a posterior vazia. Conclui-se que a alimentação com caules de A. sisalana por longos períodos causa compactação de pre-estômagos e formação de fitobezoares. No segundo capítulo descreve-se um levantamento sobre plantas tóxicas para ruminantes e equídeos, feito entre os anos de 2015 e 2016 no Estado de Sergipe, o levantamento foi realizado em 16 municípios do Estado de Sergipe, abrangendo as três mesorregiões do estado: Litoral, Agreste e Sertão, aplicando-se um questionário a 32 produtores e 10 médicos veterinários, sobre ocorrência de plantas tóxicas e suas intoxicações. De acordo com o levantamento os entrevistados relataram 20 plantas tóxicas. No terceiro capítulo descreve-se um surto de megaesôfago e degeneração muscular esofágica em bovinos, que ocorreram numa propriedade no município de Ibiara Paraíba, com 12 mortes e recuperação de 6 animais, os sinais clínicos eram de apatia, salivação, diminuição dos movimentos ruminais, emagrecimento, timpanismo, diarreia e regurgitação. Dois animais foram necropsiados e observou-se que o esôfago estava difusamente dilatado e com áreas pálidas. Na histologia constatou-se degeneração e necrose segmentar difusa e severa da túnica muscular esofágica, além de marcada reação inflamatória de células mononucleares. Dados epidemiológicos sugerem que os casos tenham relação com uma planta tóxica. Novas pesquisas são necessárias para a determinação da etiologia da doença.