Obtenção e avaliação de um compósito usando fibra de caroá (Neoglaziovia variegata) e matriz fenólica com PET pós-consumo.
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4005 |
Resumo: | Um dos grandes desafios enfrentados pela humanidade é o reaproveitamento total do material polimérico que, normalmente, é descartado, causando forte impacto ambiental. O PET, um polímero termoplástico bastante aplicado na indústria de embalagem, gera um descarte que pode ser reutilizado não só na confecção de novas embalagens mas também utilizado como matéria-prima na obtenção de materiais compósitos reforçados com fibras vegetais. A fibra de caroá surge como um material de grande importância podendo ser utilizado como reforço na fabricação de painéis de fibras com aplicações industriais. O objetivo deste trabalho foi a fabricação de compósito utilizando uma matriz polimérica resol/PET pós-consumo, reforçada com fibras de caroá (Neoglaziovia variegata) visando ao uso e aplicações compatíveis com as propriedades encontradas. Utilizaram-se percentuais entre 10 a 70% de PET solubilizado, fibras de caroá com diâmetro médio de 0,17 mm, não tratadas, entre 4 a 21%, para uma relação molar da resina fenólica de 1:3 fenol/formol. As fibras foram montadas em camadas contínuas, orientadas no sentido longitudinal e transversal e intercaladas com resina. A resina fenólica foi curada com temperatura de 90 0C e prensada por uma força de 10 t pelo período de 3 h. Os testes realizados foram: densidade, tração, flexão estática, expansão linear, inchamento nos tempos de 2 h e 24 h, análises térmicas (DSC) e (TG) e micrografia eletrônica de varredura (MEV). A solubilidade alcançou o percentual máximo de 33% para uma relação molar de 1:3 fenol/formol. O PET foi o material que mais contribuiu para o aumento da densidade. Na tração o teor de PET solubilizado abaixo de 30% aumentou, no compósito, a propriedade de tração acima do mínimo exigido (0,40 MPa). Na flexão o aumento do teor de fibra de caroá, diferente dos outros materiais, favoreceu um aumento acima de 18 MPa. No entanto, o aumento do teor de PET provocou mais resistência para o módulo de tensão máxima (MOR) do que a resina e para o módulo de elasticidade (MOE) na flexão o aumento do teor de resina provocou mais resistência do que o PET. Os menores valores de expansão linear no compósito foram obtidos nos tratamentos com percentuais de PET solubilizado abaixo de 30%. A matriz com teor de PET solubilizado acima de 30% provocou descontinuidade da resina e maior absorção de água. Os maiores resultados de inchamento após 2 h e 24 h no compósito, foram provocados com o teor de PET solubilizado acima de 30% na matriz. No ensaio de calorimetria exploratória de varredura (DSC) o aumentar do teor de PET tende a diminuir a temperatura de transição vítrea (Tg) da matriz fenólica. Nos resultados do ensaio de termogravimetria (TG) a máxima intensidade na perda de massa no processo de degradação foi em 550 0C. Na Microscopia eletrônica de varredura (MEV) as melhores adesões fibra/resina estão relacionadas com os tratamentos com teor de PET solubilizado abaixo de 30%. |