Análise de alternativas para o uso das águas do projeto de integração do rio São Francisco - eixo norte, no Estado da Paraíba através de um modelo de otimização multiobjetivo.
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16552 |
Resumo: | Por ser um recurso limitado e variável, muitos são os fatores que têm pressionado a água e os setores a ela relacionados em todo o mundo, sendo a sobreexploração uma das principais causas. A explosão demográfica mundial tem levado a um aumento exponencial da demanda hídrica em vários segmentos da sociedade, situação que exige a adoção de métodos que otimizem o uso da água. A questão da escassez hídrica é especialmente importante para regiões do planeta como a do semiárido nordestino, que é fortemente marcada por severos ciclos de estiagem, altas taxas de evaporação, bem como pela alta variabilidade espaço-temporal das chuvas e baixas intensidades precipitadas. A fim de promover a segurança hídrica no semiárido nordestino e atenuar os impactos das citadas condições climáticas, o Governo Federal, através do então Ministério da Integração Nacional, em 2007, deu início às obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as bacias do Nordeste Setentrional (PISF). Nesse contexto, especificamente naquilo que concerne ao Eixo Norte, com o intuito de diagnosticar as potencialidades, vulnerabilidades e sustentabilidade em decorrência do reforço hídrico proveniente da transposição do conjunto hídrico, formado pelas regiões do Alto e Médio cursos do rio Piranhas, mais a sub-bacia do rio do Peixe, foi realizado um levantamento de todas as demandas de abastecimento urbano e irrigação das mencionadas vertentes, cujo principal objetivo foi analisar alternativas de entrada da vazão exógena proveniente do PISF na bacia do rio Piancó-Piranhas-Açu, considerando e avaliando a sustentabilidade hídrica das citadas demandas. Os mencionados requerimentos hídricos e os dados estruturais dos reservatórios estratégicos (tais como curvas cota-área-volume, tipo e extensão de seus vertedouros, cota e diâmetro dos seus descarregadores de fundo, informações de precipitação e seu escoamento superficial derivado, além de dados de evaporação) serviram de entrada a um modelo de otimização multiobjetivo baseado em Programação Linear Sucessiva. Para tanto, foram estabelecidos quatro cenários possíveis, que simularam: 1) a proposta apresentada no Plano de Recursos Hídricos (Cenário C1); 2) como se a toda a vazão exógena fluísse exclusivamente pela vertente do Alto Piranhas (Cenário C2); 3) como se a vazão exógena escoasse exclusivamente pelo subsistema Peixe (Cenário C3); e 4) o modelo deixado livre para determinar os valores de vazão exógena estritamente necessários ao pleno atendimento de todas as demandas e restrições inerentes ao sistema (Cenário C4). Os resultados apontaram que os cenários extremistas, isto é, aqueles em que se alocou, por hipótese, toda a vazão exógena numa única vertente (situações segunda e terceira), são ruins e prejudicam intensamente as vertentes preteridas, com recorrentes eventos de falha em várias unidades consumidoras. O cenário-base, não obstante a sua maior equidade em face dos cenários extremos, apresentou-se carente de ajustes pontuais, haja vista que alguns elementos componentes do sistema não foram satisfatoriamente atendidos. O Cenário C4, por sua vez, demonstrou resultados mais exitosos, e nenhuma falha de atendimento foi observada. Contudo, para a sua viabilização, percebeu-se recomendável um gerenciamento ostensivo, rigoroso, através da aplicação de planos concebidos em menor escala temporal sobre a utilização dos recursos, para que se exija em termos de vazão exógena apenas o que for necessário em face das demandas apresentadas para aquele determinado período previsto no horizonte de planejamento, buscando, desta maneira, aproximar-se o máximo possível da realidade instantânea operacional. |