Melanomas e carcinomas epidermoides em animais de companhia e sua importância no desenvolvimento de estudos para a saúde humana.
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33812 |
Resumo: | Descrevem-se neoplasias cutâneas diagnosticadas em cães e gatos na mesorregião do Sertão, Nordeste do Brasil. Como modelo de estudo potencial da condição em seres humanos. Para isso, foi realizado um levantamento das biópsias e necropsias realizadas em cães e gatos no Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal de Campina, durante o período de janeiro de 2000 a dezembro de 2020. Foram identificados os principais aspectos epidemiológicos, alterações clínicas e achados patológicos, além da produção de uma revisão sistemática. Essa pesquisa resultou na confecção de três artigos científicos. O primeiro, a ser submetido à revista Research, Society and Development, uma revisão sistemática, que teve como objetivo identificar na literatura trabalhos que oferecessem direcionamento para a utilização de animais de companhia no estudo de neoplasias de pele melanoma e não melanoma. Foram incluídos 11 trabalhos publicados entre os anos de 2016 e 2021. Estudos moleculares/genéticos identificaram similaridades entre o genoma humano e canino no surgimento do melanoma e também entre cães e gatos no surgimento de CCE. O segundo artigo será submetido à revista Journal of Small Animal Practice (JSAP). Foram identificados 81 casos de carcinoma epidermoide em gatos na mesorregião do Sertão, Nordeste do Brasil, entre 2000 e 2020. Gatos adultos e idosos foram mais acometidos e foi observado que a pelagem era parcial ou totalmente branca em todos os casos. As lesões tinham aspectos característicos da doença e acredita-se que as condições climáticas da mesorregião do Sertão tenha sido fator de risco para o surgimento dessa neoplasia. O terceiro artigo será submetido à revista Acta Scientiae Veterinariae (UFRGS. Impresso). Nele foram descritos 48 casos de melanoma canino, abordando os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos. Foram acometidos animais de ambos os sexos, predominantemente sem raça definida. Houve associação estatística na variável idade, onde cães idosos tiveram 12,3 vezes mais chance de desenvolver melanoma do que animais jovens e 4,8 vezes mais chances do que animais adultos. Os animais apresentaram sintomas característicos da doença. Foi possível concluir com essa dissertação que os animais de companhia constituem um excelente modelo de estudo para o entendimento dessas neoplasias no homem, uma vez que compartilham sistema imune competente e dividem o mesmo ambiente, convivendo com vários fatores condicionantes para o desenvolvimento das mesmas, com características semelhantes e tempo de desenvolvimento menor quando comparados ao homem, o que possibilitaria estudos no sentido de desenvolver terapias e melhorar as já existentes, de forma mutua. |