Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Marocchio, Luciana Sassa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23141/tde-01042011-130338/
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Resumo: |
Das diversas neoplasias denominadas câncer de boca, mais de 95% tem o diagnóstico de carcinoma epidermóide (CE). O carcinoma epidermóide apresenta etiologia e patogênese complexas e não totalmente compreendidas determinando altos índices de morbidade e mortalidade. Por isso crescentes esforços têm sido empregados para a melhor compreensão dos eventos celulares, da susceptibilidade genética e dos fatores de risco que atuando em conjunto dão origem e atuam na progressão do carcinoma epidermóide de boca. Buscando novas facetas da carcinogênese oral e baseando-se no papel pró-carcinogênico que os hormônios esteróides desempenham nas neoplasias dos órgãos reprodutivos, alguns estudos passaram a avaliar o papel desses hormônios na patogênese e progressão do CE. O propósito deste trabalho foi avaliar a presença dos receptores de androgênio, estrogênio (alfa e beta) e da enzima aromatase em carcinomas epidermóides de boca (CE), através das técnicas de imuno-histoquímica, western-blotting e imunofluorescência, e comparar, com base no gênero (masculino e feminino), os resultados encontrados. Da amostra de CE utilizada, 30 eram pertencentes a pacientes do gênero feminino e 30 do masculino. Para as reações de Western blotting e imunofluorescência foram utilizadas duas linhagens celulares: OSCC9 e OSCC25, derivadas de CE de língua. Nas reações imunohistoquímicas, apesar de um número maior de casos negativos do que positivos, observou-se que o receptor de estrogênio beta foi o mais expresso, seguido pelo receptor de androgênio e aromatase. O receptor de estrogênio alfa apresentou menor imunoexpressão. Houve diferença estatisticamente significante entre os gêneros apenas na expressão dos receptores de androgênio. Os resultados obtidos pelo western blotting e imunofluorescência evidenciaram que as duas linhagens celulares utilizadas apresentaram receptores de estrogênio beta no núcleo, bem como, a presença da enzima aromatase com localização citoplasmática. Os receptores de androgênio foram observados no núcleo somente na linhagem OSCC9 enquanto que os receptores de estrogênio alfa não foram evidenciados em nenhuma das linhagens. Esses resultados sugerem que em alguns casos de CE possa existir contribuição hormonal na progressão da doença, evidenciando a necessidade da utilização desses marcadores nesse tipo de neoplasia. |