Sagrado feminino: rituais, rezas e representações das parteiras e das rezadeiras Salgadinho-PB (1960-1980).
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/21595 |
Resumo: | O oficio de partejar/rezar demonstra a herança ancestral do ser humano de se relacionar com o próximo, se destaca como uma experiência de dádiva “à troca, e que ainda hoje superem em parte a noção de interesse individual” (MAUSS, 1974, p.188), em meio às dificuldades e desafios nos percursos de moradores de um pequeno município com políticas públicas de saúde frágeis. Em Salgadinho, o oficio está presente desde a fundação do município, em função disso, podemos ressaltar que a história desse lugar está entrelaçada com as memórias de parteiras, filhos e parturientes do município, no campo e na cidade. Diante do exposto, evidenciamos nesse trabalho, as importantes contribuições das mulheres para a formação da sociedade salgadinhense, trabalhando com a história oral local, com a reflexão sobre os papéis da memória (HALBWACHS; 2003), e por meio desses buscar as práticas e representações (CHARTIER; 1990), neste município para a formação da identidade cultural e religiosa local. Mergulhamos nas narrativas das trajetórias dessas mulheres cuidadoras, descobrindo seus saberes, suas práticas, seus meios de se relacionar com o sagrado, tendo como recorte temporal o período no qual as práticas adotadas por elas no exercício do ofício foram mais intensas, de 1960 a 1980. O trabalho de campo com coleta de depoimentos orais foi realizado nas residências dessas mulheres localizadas nas diversas comunidades que formam o município de Salgadinho – PB, utilizamos a metodologia da História Oral, e por meio de entrevistas tecemos as memórias individuais e coletivas dessas mulheres, dando visibilidade aos relevantes papéis sociais e ao poder simbólico das parteiras e rezadeiras de Salgadinho, no percurso de vida de muitas famílias locais, assumindo um poder de vida e de morte sobre os corpos de mulheres e crianças salgadinhenses. |