Caracterização tecnológica de rochas ornamentais da província Borborema - quartzitos coloridos do Seridó paraibano.
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA E MINERAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/23984 |
Resumo: | As rochas ornamentais têm sido usadas pela humanidade desde a aurora da civilização humana, durante o período paleolítico/neolítico. Devido a beleza estética, o uso de mármores, granitos e outras rochas na arquitetura moderna aumenta todos os anos no mundo inteiro. O setor de rochas ornamentais (prospecção, produção, extração e beneficiamento) configura-se numa indústria em constante expansão. O Brasil é um dos maiores players mundiais com portfólio amplo composto por granitos, ardósias, serpentinitos, metaconglomerados, mármores e quartzitos, etc. As regiões Sudeste e Nordeste são as principais produtoras, com destaque para os estados do Espírito Santo e Minas Gerais (Sudeste) e Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco (Nordeste). A presente pesquisa traz a caracterização tecnológica de oito amostras de quartzitos coloridos (azul, verde, cinza, rosa claro, rosa escuro, branco, amarelo e prateado), da região de Junco do Seridó e Várzea, Seridó Paraibano, submetidas a ensaios laboratoriais para obtenção de suas melhores aplicabilidades como revestimento. Assim, foram realizados ensaios de susceptibilidade magnética, condutividade térmica, análise geoquímica, descrições petrográficas e integração com dados de porosidade, radiação ultravioleta, resistência à flexão em três e quatro pontos além de resistência à compressão uniaxial. Um parâmetro de elevada importância para o conforto térmico, a condutividade térmica, apresentou variação entre 1.91 W/m.K (quartzito rosa claro) a 4.25 W/m.K (quartzito cinza). A petrografia classificou esse litotipo como um quartzito pouco deformado, variações composicionais com predominância das micas (lepidolita, muscovita, fuchsita); e ocorrências de minerais secundários e acessórios como feldspato, apatita, zircão, epídoto, turmalina, magnetita, calcita, dentre outros. Os ensaios de resistência por flexão em 3 (RF3) e 4 (RF4) pontos evidenciaram maiores resistências para os quartzitos cinza (43.47MPa@RF3 e 160.65MPa@RF4) e branco (22.22MPa@RF3 e 119.83MPa@RF4). As menores porosidades medidas, 2.90% e 2.70%, também foram nessas colorações de quartzito, cinza e branco, respectivamente. Os elementos estruturais como planos de xistosidade proeminente e foliação marcaram os altos valores obtidos na anisotropia de susceptibilidade magnética, nos quartzitos prata, branco e rosa escuro (0.094x10-3 SI, 0.080x10-3 SI e 0.079x10-3 SI, respectivamente). A radiação ultravioleta, a qual simulou o desgaste das peças por intempéries, mostrou-se elevada para os quartzitos verde, amarelo e cinza. A análise química mostra uma relação do conteúdo de sílica com a condutividade térmica, sendo K, Al, Na, Fe, alguns dos principais elementos e, secundariamente; Li, La, Y, Ga, Cs. Os ensaios de resistência à compressão uniaxial, revelaram maiores valores para as litofácies nas cores cinza (225MPa) e azul (220MPa). Com base nos resultados obtidos, os quartzitos de Junco do Seridó e Várzea, apresentam forte viés estético e enquadramento como rochas de revestimento ambientes internos e externos, porém, no âmbito dos revestimentos externos a sua aplicabilidade pode ser limitada por localização geográfica e características técnicas e climáticas severas |