Com Graça na escola: da ficção à realidade da sala de aula.
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1668 |
Resumo: | Dentro do conjunto da obra de Graciliano Ramos, considerado um autor de textos complexos e, portanto, de difícil acesso ao público de um modo geral, a crítica literária tem abordado seus personagens infantis isoladamente, sem observar a relevância no conjunto de sua obra. De acordo com levantamento bibliográfico para esta pesquisa, observou-se que o autor é pouco explorado nos livros didáticos do ensino fundamental e médio e o viés infantil não é devidamente explorado pela crítica literária e/ou livros didáticos. Por esse motivo, este trabalho se propõe a trabalhar as seguintes narrativas: A terra dos meninos pelados (conto infantil: 1937); “Luciana” (1946) e “Minsk” (1945) (contos de Insônia), com objetivo de analisar a representação do personagem infantil em Graciliano Ramos e examinar a recepção desses contos em sala de aula, a partir das seguintes questões: Qual a relevância do personagem infantil na obra do autor? Como alunos do ensino fundamental receberiam a expressão de sofrimento e exclusão infantil, apresentada por Graciliano Ramos? Partiu-se da hipótese de que a representação do cotidiano, as ansiedades e expectativas, além das dificuldades que os personagens infantis possuem de compreender a si mesmos e situarem-se histórica e psicologicamente no meio social em que vivem, passando por momentos de descoberta e amadurecimento, possivelmente envolveriam o leitor “iniciante”, uma vez que os problemas desses sintetizam e projetam a experiência humana infanto-juvenil. Com esse intuito, a experiência pedagógica foi desenvolvida através de seqüência didática, em uma escola pública. A principal fonte de dados foram as respostas, dos alunos-colaboradores, aos roteiros de leitura e às perguntas formuladas em sala de aula. Do ponto de vista teórico, para a análise dos contos, esta pesquisa fundamentou-se na vertente da hermenêutica, filiando-se, para isso, a autores como Bosi (2003a), Eco (1993), Eagleton (1983), entre outros. No que se refere ao ensino de literatura, apoiou-se na teoria da estética da recepção e do efeito, baseando-se nas propostas de Jauss (1994), Chartier (2001), Iser (1979), Zilberman (1989) e nas propostas metodológicas de Chiappini (2005), Cosson (2006) e Pinheiro (2003), entre outros. Embora, inicialmente, a pesquisa se voltasse à recorrência do sofrimento dos personagens infantis na obra do autor, os alunos leram as narrativas por outro viés: o da diversão e brincadeira, ensinando à professora-pesquisadora a olhar os contos a partir de outra perspectiva. A pesquisa mostrou que há várias leituras para um mesmo texto e que a experiência do aluno deve ser levada em consideração. |