Produção de bioetanol a partir da amêndoa da semente da manga (Mangifera indica L.).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: GOMES, Wolia Costa.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2179
Resumo: É cada vez maior a necessidade de desenvolvimento de tecnologias que visem à produção de energias limpas, como os bicombustíveis (etanol) a partir de materiais amiláceos, os quais são ricos em açúcares fermentescíveis. Nos últimos anos vem-se observando no mundo um grande interesse pela utilização de resíduos agroindustriais na obtenção de combustíveis renováveis, tais como o bioetanol. Desta forma, desenvolveu-se este trabalho com o objetivo de estudar e determinar as condições otimizadas para a produção de bioetanol utilizando-se o processo de hidrólise ácida do amido extraído de amêndoas retiradas das sementes da manga (Mangifera indica L.) seguida de fermentação submersa por Saccharomyces cerevisiae. O amido extraído da semente da manga foi removido por decantação, em temperatura abaixo de 10 oC, por 72h, seco a 50 oC, peneirado (65mesh) e só então foi caracterizado. O rendimento prático apresentado no processo de extração, foi de 14,86% e o rendimento em massa seca foi de 3,25%, com alta pureza. A observação em microscopia eletrônica de varredura mostrou grânulos de amido natural da manga com formato elipsoide e oval, com dimensões de 19,6 μm de comprimento e 10,9 μm de largura. O padrão de cristalinidade mostrado por difratometria de raios X, foi do tipo A, típico de cereais e um grau de cristalinidade de 19,4%; em seguida, o amido foi submetido a hidrólise ácida utilizando-se, como catalisador, os ácidos sulfúrico (H2SO4) e fosfórico (H3PO4) em diferentes concentrações de ácidos (1, 3 e 5%), razão 1:8, diferentes temperaturas (80, 100 e 120 oC) por 30, 60 e 90 minutos de reação. O amido, com base na sua caracterização química e físico-química com o valor de 60,72%, tem fonte promissora de glicose para a hidrólise ácida visando à obtenção de bioetanol. No processo de hidrólise ácida para os dois tipos de catalisadores os resultados das melhores concentrações de glicose são obtidos a 120 oC, concentração de ácido de 5% e razão mássica de amido de 1:8, com o rendimento na hidrólise para o H2SO4 de (89,4%) e para o (H3PO4) de (75,5%) processo este eficaz principalmente na remoção dos inibidores; já a fermentação desses hidrolisados foi igualmente satisfatória para as duas condições avaliadas, com o fator de conversão de glicose em etanol de 51% para H2SO4 e 47% para H3PO4. Os ensaios fermentativos dos hidrolisados utilizando a levedura Saccharomyces cerevisiae industrial cepa Y-904, em becker com 500 mL do meio, agitados a 170 rpm, 32 oC de 0 acompanhados até 12h de fermentação. A produtividade e a eficiência do processo de obtenção de etanol a partir do amido extraído da amêndoa da semente da manga, o valor de 0,042 g/L.h de etanol e 100% para o licor hidrolisado com o ácido sulfúrico. Desta forma, foi demonstrado um excelente potencial do processo de produção de etanol a partir do amido extraído da amêndoa da semente da manga utilizando o catalisador H2SO4.