Estudo da dor e avaliação de toxicidade da dipirona por via epidural em coelhos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: PARENTONI, Roberta Nunes.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25528
Resumo: O entendimento da sensibilidade dos animais à dor faz com que se busquem formas de tratálos, optando-se sempre pelos meios mais acessíveis, rápidos e menos invasivos. Neste intuito, esta tese consiste em três capítulos que abordam a temática de analgesia e bem-estar animal vinculado ao uso da dipirona, também denominado metamizol. O primeiro capítulo consta de uma revisão de literatura acerca da dor e uso da dipirona em coelhos, ressaltando-se os mecanismos de nocicepção, dor, neurotransmissores de ação excitatória e inibitória, sinais clínicos e o reconhecimento desta através de escalas. O segundo capítulo é apresentado como artigo científico, onde administrou-se dipirona, pela via peridural, na dose de 1 mg/kg, e realizaram-se avaliações clínicas, neurológicas e histopatológicas, demonstrando que a dipirona, na dose proposta, mostrou-se segura do ponto de vista neurológico e sistêmico em leporídeos. O terceiro capítulo trata-se de um relato de caso sobre intoxicação aguda de dipirona por via epidural em três coelhos, nas doses de 50, 20 e 5 mg/kg. Após a aplicação do fármaco dois animais que foram submetidos às maiores doses tiveram reações clínicas que culminaram em óbito em até 50 minutos, sendo realizada a necropsia imediatamente após a confirmação do óbito. O terceiro animal submetido à dose de 5 mg/kg apresentou inicialmente prurido, limitação dos movimentos dos membros pélvicos, sem alteração da sensibilidade dolorosa, contrações abdominais e defecação. Após uma hora da aplicação da dipirona o animal obteve recuperação da sensibilidade dolorosa, no entanto o mesmo demonstrou paralisia permanente dos membros pélvicos. Sugere-se que a dipirona em doses acima de 5 mg/kg por via epidural cause neurotoxicidade, sendo seu uso contraindicado em coelhos. Desta forma, concluímos que o uso de analgésicos em animais de experimentação proporciona bem-estar animal, bem como, resultados mais confiáveis às pesquisas realizadas, sendo a dipirona um fármaco de ampla utilização para o tratamento da dor em animais de laboratório, tendo segurança farmacológica nas doses de 20 a 50 mg/kg quando aplicada pelas vias oral ou intravenosa. Na dose de 1 mg/kg de dipirona via epidural não foram observadas alterações clínicas e histopatológicas, sendo esta dose, proposta para novos estudos de ação analgésica do fármaco.