Avaliação da inibição da atividade das ciclooxigenases 1 e 2 e da eficácia analgésica da dipirona em equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Rosana Souza Thurler dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-30092019-114108/
Resumo: O controle da dor nos animais tem sido objeto de inúmeros estudos na atualidade, tanto por razões de cunho humanitário, quanto pela influência que a dor não controlada exerce sobre os parâmetros fisiológicos de todas as espécies animais, o que invariavelmente causa prejuízos ao bem-estar e aos índices produtivos dos animais, sejam estes empregados na produção, esporte ou companhia. Os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) são os fármacos mais comumente empregados para o controle da dor em equinos, porém podem ocasionar vários efeitos adversos, entre eles gastrite ou agravar um quadro pré-existente, pois atuam inibindo a ciclooxigenase 1, que é a principal enzima responsável pela produção não só de mediadores inflamatórios, mas também da camada protetora estomacal. A dipirona, embora não seja um AINE clássico, pode também promover inibição da COX-1, como já comprovada em humanos e ratos. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito da administração de dipirona pela via intravenosa na dose de 15mg/Kg, a cada 12 horas, em 12 equinos da raça Árabe, sem distinção de sexo ou idade, durante 24 horas. Foram avaliadas as concentrações da prostaglandina E2 e de tromboxano B2 nos tempos Basal (TB, antes da administração de dipirona) e decorridas 2 (T2), 8 (T8), 12 (T12) e 24 (T24) horas após a administração de dipirona. Na segunda fase do estudo foi realizada a avaliação da analgesia promovida pela dipirona em 15 equinos submetidos ao procedimento de orquiectomia eletiva, na qual um dos grupos recebeu no pósoperatório, dipirona 15mg/Kg, a cada 12 horas e outro grupo recebeu flunixin meglumine 1,1mg/Kg a cada 24 horas, ambos pela via intravenosa. A dipirona promoveu inibição em COX-1 de 97,76%± 2,02 em T2 (P<0,0001), não promoveu inibição em COX-2, porém mostrou-se eficaz como único analgésico pós-operatório 11 para orquiectomia eletiva em equinos saudáveis, podendo ser uma opção para tratamento de dor leve à moderada em cavalos.