Agir docente no ensino dos gêneros orais: cenas de formação e de atuação em sala de aula.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2401 |
Resumo: | O presente estudo, tomando como temática central o agir docente no ensino do oral, teve por objetivo geral investigar o agir de duas professoras em situações de planejamento e de ensino do oral, estabelecendo relações com o curso de formação continuada desenvolvido no percurso da pesquisa. Como norte do processo de investigação, foram elaborados os seguintes objetivos específicos: a) analisar a configuração do agir prescritivo no planejamento das professoras voltada para o ensino do oral, b) identificar a concepção de ensino do oral das docentes e suas implicações na configuração do seu agir realizado em situações de ensino e c) discutir de que maneira o agir realizado é reconfigurado no ato de ensino frente às instruções de um curso de formação continuada intitulado Debatendo o oral no espaço escolar: reflexões e sugestões. Situado nas discussões da Linguística Aplicada, o estudo fundamenta-se nas contribuições teóricas do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), no agir docente (BRONCKART, 2006; 2008, 2012, 2013; MACHADO, 2006, SCHNEUWLY & DOLZ, 2004) e nas pesquisas sobre o ensino dos gêneros textuais orais no espaço escolar (ARAÚJO & SILVA, 2013; BENTES, 2010; 2011; FÁVERO, ANDRADE & AQUINO, 2011; PEREIRA, 2011; MAGALHÃES, 2007; BARROS-MENDES, 2005; MARCUSCHI & DIONÍSIO, 2005; MARCUSCHI, 1997). A pesquisa caracteriza-se como de natureza qualitativa, de caráter colaborativo, desenvolvido a partir das observações, colaborações e registros dos dados gerados e coletados no campo de estudo. Foram utilizados como instrumentos metodológicos a observação participante, o diário de campo, o estudo documental e as gravações em vídeo. O corpus foi constituído a partir de três momentos da pesquisa (observação da prática docente, curso de formação continuada e atuação da prática de ensino), e é composto por três documentos prescritos elaborados pelas duas docentes e sete gravações em vídeo. As análises dos dados coletados ao longo da pesquisa apontam para um agir prescrito regulado por normas pré-estabelecidas pela gestão da instituição escolar, configurando-se ora em roteiros de aulas, ora em sequências didáticas. Em suas prescrições foi possível observar uma sequência de ações que fazem referência aos gêneros orais, limitando-se, contudo, a apresentações de conteúdos escolares e, por vezes, restringindo-se unicamente ao conteúdo temático. Identificamos duas concepções de oral recorrentes nas falas e práticas de ensino das professoras pesquisadas: a concepção espontaneista no uso da fala, marcada pela prática improvisada nos jogos de perguntas e respostas e na exposição oral em público, e a concepção oralização da escrita, recorrente nas leituras em voz alta e correções de atividades escritas oralmente. Por fim, percebemos algumas tímidas reconfigurações na prática de ensino do oral. Destacamos a presença dos gêneros textuais orais nas aulas das docentes e a configuração de um agir mais contextualizado e contínuo no processo de ensino da língua oral. |