Diagnóstico produtivo e estudo comparativo de três tipos de fornos utilizados em indústrias de cerâmica vermelha do Município de Parelhas, Rio Grande do Norte, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: BATISTA, João Paulo de Lima.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/14214
Resumo: O Nordeste Brasileiro detém um dos biomas mais resilientes do planeta, a Caatinga, que passa por constantes modificações pelo uso irracional dos recursos naturais. As empresas ceramistas instaladas nesse bioma fazem uso desses recursos acompanhando o ritmo da construção civil. O Brasil é um grande produtor mundial de produtos cerâmicos, ao lado da Espanha, Itália e China, elevando cada vez mais a extração de matérias primas. No Estado do Rio Grande do Norte essas atividades estão bem desenvolvidas, principalmente na Região Seridó. O presente trabalho objetivou diagnosticar e comparar a produção de três tipos de fornos utilizados em três empresas de cerâmica vermelha instaladas no Município de Parelhas-RN. Tendo como parâmetro métodos empregados pelos ceramistas no processo produtivo, a importância socioeconômica dessas empresas, a geração de emprego, a quantidade e qualidade dos produtos finais, origem e uso das biomassas vegetais nos fornos e o Poder Calorífico Superior das mesmas. Foram ainda avaliados o tempo de produção de cada forno, o reaproveitamento do calor gerado, a classificação de qualidade e descartes de produção e o destino final dos resíduos sólidos. Foram realizados acompanhamentos de produção e aplicação de questionário semiestruturado a fim de retratar os métodos utilizados pelos ceramistas. Foram também coletadas amostras de biomassas para análises do poder calorífico. Após os levantamentos, observou-se que apresentaram uma média de 40 empregos diretos, produção total de 4,45% de telhas, 0,47% de tijolos e 0,77% das lajotas produzidas no Estado. A maior produtora foi a Cerâmica A que possui cinco fornos do tipo abóbada,79 horas por fornada, 80% dos produtos de 1ª qualidade, 20% de 2ª qualidade e descarte de 0,5% da produção utilizando a “poda de cajueiro” (Anacardium occidentale), algaroba (Prosopis juliflora) e o briquete, seguida pela Cerâmica B com três fornos duplos do tipo “paulista”, 72 horas por fornada, 70% dos produtos de 1ª qualidade e 0,7% de descarte, utilizando a “poda de cajueiro”, e a Cerâmica C a com quatro fornos do tipo caipira, 29,5 horas por fornada, apenas 20% da produção de 1ª qualidade, 80 % de 2ª e cerca de 5% de descarte, utilizando a algaroba (Prosopis juliflora). A análise do poder calorífico mostrou que o briquete possui um maior poder (4.285 Kcal/Kg), seguido da algaroba (4.163 Kcal/Kg) e o cajueiro (4.101 Kcal/Kg).