Estudo das etapas de produção e comparativo de fornos do setor ceramista do Sertão Paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA DO Ó, Kely Dayane.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/14738
Resumo: O homem sempre usou a natureza para lhe proporcionar benefícios. Nessa busca encontraram, na argila, várias vantagens, dentre elas, a fabricação de peças de cerâmicas Atualmente, no Brasil, a maior produção de cerâmica encontra-se nas regiões Sul e Sudeste. No entanto, outras regiões vêm se destacando nesse setor, como a região Nordeste, devido, principalmente, à riqueza da matéria prima e fontes de energia viáveis. No entanto existem vários problemas, tais como a degradação ambiental do bioma Caatinga e falta apoio técnico, e consequentemente, a ausência de conhecimento dos tipos de fornos mais adequados, gerando impacto no seu processo produtivo, principalmente na queima das peças cerâmicas, ocasionando baixos lucros ao setor. O presente trabalho teve por objetivo estudar as etapas de produção e comparação dos tipos de fornos das indústrias A, B, C e D, de cerâmicas vermelhas do sertão paraibano. Foram coletados os dados, com auxílio de informações dos empresários, através de um questionário semiestruturado. Coletaram-se amostras de biomassas utilizadas para análise do poder calorífico superior. Os dados obtidos das observações semanais e dos questionários aplicados foram digitados em Programa Microsoft Excel e interpretados. Os dados de poder calorífico das biomassas foram avaliados pelo teste de Tukey a 5% de significância. De acordo com as informações coletadas, a maior produção foi na cerâmica B, 2.040.000 milheiros de tijolos, telhas e lajotas, utilizando os fornos Hofmann, Cedam e Câmara, consumindo 600m³ de biomassa ao mês, mostrando maior organização nas suas etapas de produção em relação as demais indústrias. A cerâmica A, utilizando o forno Câmara, produz 2.450 milheiros de tijolos, telhas e lajotas, gastando 780m³ de biomassa, destacando com melhor qualidade de telhas, 65% de primeira qualidade. A cerâmica C utilizou o forno Hofmann, produzindo 980 milheiros de tijolos, gastando 300m³ de biomassa. A cerâmica D utilizou os fornos Hofmann e Paulistinha, produzindo 500 milheiros de tijolos, gastando 400m³ de biomassa. Dentre as indústrias estudadas, a D apresentou maiores descartes, em média de 12,5 %, sendo o maior desperdício ocorrido no forno Pulistinha. As biomassas utilizadas foram: Poincianella pyramildalis, Mimosa tenuiflora, Croton blanchetianus e Prosopis juliflora, o marmeleiro e a algaroba se destacaram com maior poder calorífico superior.