Crescimento de cinco espécies florestais cultivadas em diferentes níveis de salinidade da água.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: SILVA, Maria Betânia Rodrigues.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10861
Resumo: Visando avaliar o efeito de diferentes níveis de salinidade da água de irrigação (1, 2, 3, 4, 5 e 6 dS m-1), nas propriedades químicas do solo e no crescimento das especies florestais craibeira {Tabebuia caraíba Bur.), favela (Cnidosculus phyllacanthus Pax. & K. Hoffm), jurema-preta (Mimosa hostilis Benth), pau-ferro (Caesalpinia ferrea Benth - Ducke), e sabia (Mimosa caesalpiniaefolia Benth.), foi conduzido um experimento, em casa de vegetação, localizada no Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba, pertencente ao Departamento de Engenharia Agrícola - Campina Grande - Paraíba, utilizando-se como substrato um solo representativo da região semi-árida do estado da Paraíba, coletado no Projeto Capoeira, localizado no município de São José do Bonfim - Paraíba. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com cinco especies florestais, seis níveis de salinidade da água e três repetições. Para a obtenção dos níveis de salinidade da água foram adicionados a água do acude do Boqueirão - Paraíba, usada na irrigação das plantas controle (1 dS m-1), os sais de Na+, Ca2+ e Mg2 \ nas proporções equivalentes de 70, 20 e 10%. A salinidade da água de irrigação, provocou aumentos nas concentrações de Na+, Ca2+ + Mg2 , K+ do solo, e, como consequência, na condutividade elétrica do extrato de saturação. Por outro lado, o pH do extrato de saturação não foi alterado em resposta aos diferentes níveis de salinidade da água. O crescimento em altura das especies estudadas foi afetado de forma diferenciada. Ao final das observações (120 dias de aplicação dos tratamentos), a salinidade provocou importantes reduções no crescimento em altura da parte aérea das especies craibeira, jurema-preta e pau-ferro (61,10, 24,37 e 35,46%, respectivamente), no maior nível de salinidade (6 dS m-1), enquanto que as plantas de favela e sabia exibiram crescimento em altura similar aquele das plantas controle. Para a variável diâmetro do coleto, as especies craibeira, pau-ferro e sabia, exibiram decréscimos de 41,40, 22,01 e 26,42%, respectivamente, entre o maior e menor nível de salinidade da água irrigação. A acumulação de massa seca produzida, considerando o maior e o menor nível de salinidade da água, foi também diferenciado entre especies. As especies florestais craibeira e sabia apresentaram as maiores reduções na acumulação de massa seca da parte aérea as quais atingiram, respectivamente, 82 e 86%. No caso das especies favela e jurema-preta o efeito da salinidade da água de irrigação foi mais pronunciado na massa seca das raízes, enquanto na especie pau-ferro a acumulação de massa seca na parte aérea e nas raízes foi similarmente afetada. Finalmente, conclui-se, que a salinidade afetou diferentemente cada especie, provavelmente, em razão de diferenças em suas características fisiológicas e bioquímicas. Considerando, portanto, como critério de avaliação de tolerância a salinidade a produção de massa seca da parte aérea, as especies que apresentaram o melhor comportamento as condições adversas de crescimento utilizadas nesta pesquisa foram a favela e a jurema-preta.