O Projovem no território da "sulanca": desafios diante da informalidade.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: EUFRASIO, Marcelo Alves Pereira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7384
Resumo: Esta pesquisa tem como principal objetivo investigar a politica publica de escolarização e qualificação, particularmente quanto a implementação do Projovem Urbano no município de Caruaru-PE, uma região central do Agreste Pernambucano, onde se desenvolveu, desde a década de 1950, o Polo de Confecções. Esta região, produtiva e comercial, foi estabelecida em torno da produção da Sulanca, sendo sua trajetória marcada, ate os dias atuais, pelo caráter informal e precário do trabalho. Assim, foi evidenciada a problemática sobre como tem se colocado o Projovem Urbano diante da informalidade no trabalho. A região encontra-se potencialmente voltada a produção e comercialização de confecções, utilizando-se de mão de obra em grande medida jovem, com pouca escolaridade e qualificação, que se encontra na informalidade. Ficou constatado que o trabalho informal não e tema novo no cenário brasileiro e mundial, uma vez que esta inserido dentro das formas de acumulação de capital tipicas da industrialização com base na estrategia de substituição de importações, mas também que atualmente também vem se associando ao que cada vez mais tem sido conhecida como acumulação flexível (HARVEY, 1992), e que reproduz as formas precárias de inserção dos indivíduos no mundo do trabalho. A condição precária, informal e flexível das relações de trabalho no Polo tem suscitado o debate em torno das politicas de qualificação como uma medida importante de inserção dos jovens no mercado de trabalho. Por se tratar de uma região atípica, pela forma como os indivíduos ajudaram a construí-la e a desenvolve-la, a partir da confecção e comercialização da Sulanca, as politicas publicas de educação acabaram em contornos distintos. Em geral, constatamos que politicas publicas de escolarização e qualificação como o Projovem não desenvolveram mecanismos eficazes de encaminhamento dos jovens para uma inserção formalizada e mais bem protegida no mundo do trabalho. De certo modo, elas tem contribuído para reproduzir o caráter informal do trabalho, uma vez que as formas como se constituíram as relações de trabalho, a reprodução das formas precárias e informais de trabalho, alem dos desafios da inserção na escolaridade e na qualificação, são os elementos centrais desta tese.