Efeito do polimorfismo do gene da beta-caseína na adaptabilidade de vacas sindi.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Rhamon Costa e.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9313
Resumo: Objetivou-se avaliar o efeito dos genótipos da beta-caseína submetidos a diferentes condições de conforto térmico na adaptação e respostas fisiológicas de vacas da raça Sindi e utilizá-los como ferramenta de seleção para animais termotolerantes. Foram utilizadas 12 fêmeas bovinas da raça Sindi subdividas em dois grupos com genótipos distintos para produção da beta-caseína (A1A2 e A2A2), acondicionadas em um clima semiárido e dispostas em três condições de conforto térmico: antes do estresse, logo após o estresse provocado pela radiação solar direta e uma hora após o estresse. As variáveis climáticas aferidas foram a temperatura ambiente (TA), temperatura de ponto de orvalho (TPO), umidade relativa (UR) e temperatura de globo negro (TGN) na sombra (TGN SOM) e no sol (TGN SOL). Calculou-se o índice de temperatura do globo negro e umidade na sombra (ITGU SOM) e no sol (ITGU SOL) e carga térmica de radiante na sombra (CTR SOM) e no sol (CTR SOL). Foram avaliados a frequência respiratória (FR), temperatura superficial (TS) e temperatura retal (TR). Para avaliação da adaptabilidade calculou-se o índice de tolerância ao calor (ITC) e coeficiente de tolerância ao calor (CTC). Para análise das respostas fisiológicas e o CTC foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado (DIC), com 6 repetições num esquema fatorial 2x3, com dois genótipos e três condições de conforto térmico. Para análise do ITC foi utilizado DIC com 6 repetições. As médias de TA situaram-se acima da zona de conforto térmico para bovinos e apresentaram médias de 35,29, 36,75 e 36,70 °C nas três condições de conforto térmico, respectivamente. A UR decresceu ao passo que a TA aumentou apresentando valores médios de 37,70, 28,12 e 28,95%. Os valores de TGN SOM (37,02, 37,90 e 37,44 °C) foram inferiores aos da TGN SOL (50,35, 49,99 e 47,89 °C) para três condições de conforto térmico e a TPO (17,18, 15,54 e 15,96 °C) manteve-se estável em todas as condições de conforto térmico. ITGU SOM apresentou valores de 84,74, 84,99 e 84,68 ao passo que os valores de ITGU SOL foram superiores (98,03, 97,09 e 95,13). A CTR SOM (602,96, 716,81 e 545,88 W.m-2) foram inferiores aos valores de CTR SOL (1002,51, 935,77 e 862,62 W.m-2), onde o a maior incidência de radiação solar encontrou na condição de conforto térmico antes do estresse provocado pelo calor (13 h). As respostas fisiológicas e os testes de termotolerância não apresentaram efeito significativo (p>0,05) que diferisse o grupo A1A2 e o A2A2. Entretanto, no que diz respeito às diferentes condições de conforto térmico, houve efeito (p<0,05) para os parâmetros de TR, TS e gradientes térmicos, exceto a FR que não apresentou qualquer alteração significativa (p>0,05). O ITC e CTC não apresentaram efeito significativo (p>0,05) que diferisse um genótipo do outro. Contudo, os resultados se mostraram potencialmente promissores, onde os genótipos A1A2 e A2A2 obtiveram médias de CTC de 2,03 e 2,07, respectivamente e para ITC 9,78 e 9,69, demonstrando a capacidade de adaptação e termotolerância de bovinos da raça Sindi. Nas condições do presente estudo constatou-se que os diferentes genótipos não podem ser utilizados como ferramenta de seleção para termotolerância.