Desenvolvimento de cimentos á base de aluminatos de estrôncio/cálcio para endodontia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: BARBOSA, Willams Teles.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35589
Resumo: O objetivo deste trabalho consiste no desenvolvimento de um novo cimento aplicado em endodontia à base de aluminato de cálcio e estrôncio, com adequadas propriedades físicas, quimicas, mecânicas e biologicas, como: curto tempo de cura e fácil trabalhabilidade, bem como propriedades bioativas. Os aluminatos foram obtidos pela síntese de combustão de solução por ser um método simples e eficaz na obtenção de materiais em nano-escala. Os reagentes utilizados para a síntese foram o nitrato de cálcio tetrahidratado, nitrato de alumínio nonahidratado e carbonato de estrôncio, como fontes de cálcio, alumínio e estrôncio, respectivamente. A ureia foi utilizada como combustível e o ácido nítrico foi utilizado para dissolução do carbonato de estrôncio em nitrato de estrôncio. Após a síntese, os materiais foram caracterizados por Difração de Raios X (DRX), Microscopia Eletrônica de Varredura com Emissão de Campo (MEV-EC), Superfície específica e Tamanho de partículas. Na síntese do aluminato de cálcio foi obtida uma única fase cristalina referente ao heptaluminato dodecálcico (C12A7) e na síntese do aluminato de estrôncio foi obtido o aluminato de tri-estrôncio (S3A) como fase principal, ambos aluminatos apresentaram estrutura submicrônica com superfície específica de 1,3 e 0,2 m2 /g e tamanho médio de partícula, após moenda, de 8,2 e 3,1 μm, respectivamente. A seguinte etapa foi a preparação dos cimentos aluminosos de cálcio e estrôncio, nas seguintes composições: CS1 (100% C12A7), CS2 (80%C12A7 + 20%S3A), CS3 (60%C12A7 + 40%S3A), CS4 (40%C12A7 + 60%S3A), CS5 (20%C12A7 + 80%S3A) e CS6 (100%S3A), tendo sido analisados: radiopacidade, trabalhabilidade com o emprego de aditivo e tempo de cura final. O cimento CS5 apresentou radiopacidade superior a 3 mm na escala de alumínio, estando em conformidade com a norma ISO 6876-2012. Outra característica avaliada foi a trabalhabilidade do cimento CS5 quando este foi hidratado com água (CS5A) e com a adição de polietilenglicol 4000 (PEG) como plastificante e retardante de cura, na seguintes composições: CS5B (20% de PEG em massa/volume), CS5C (30% de PEG em massa/volume) e CS5D (40% de PEG em massa/volume), onde observou-se que os cimentos hidratados com o aditivo PEG apresentaram boa trabalhabilidade, com destaque para o cimento CS5C hidratado com 30% em massa de PEG, com curto tempo de cura, de aproximadamente 60 minutos. Esse cimento apresentou baixa temperatura de reação de hidratação, resistência à compressão suficiente para a finalidade de sua aplicação, o ensaio de biodegradação in vitro evidenciou a liberação dos íons Sr2+, Ca2+ e Al3+ , responsáveis pelo pH alcalino do meio o que favoreceu a atividade antimicrobiana frente a todas as cepas bacteriológicas. Como também apresentou capacidade bioativa, e satisfatória adesão e desenvolvimento celular in vitro. Com os resultados apresentados pode-se concluir que o cimento CS5C torna-se muito promissor para potencial aplicação em endodontia.