Processamento de amêndoas de castanha de caju: secagem, extração e estabilidade do azeite.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: KROSS, Robert Karel.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1919
Resumo: O alto índice de quebra de amêndoas no beneficiamento da castanha de caju resulta numa desvalorização significante do valor comercial no mercado internacional. Porém este material rejeitado ainda mantém preservado o seu valor nutritivo, principalmente na fração lipídica, fato este que motivou o estudo do aproveitamento destas amêndoas quebradas por meio do processamento, de forma a se agregar valor a este material além de contribuir no contexto social, pois uma vez aprovada a sua viabilidade, o beneficio se refletirá desde a cadeia produtiva da castanha até programas de agricultura familiar. Deste modo, esta pesquisa teve como objetivo principal explorar a fração lipídica da amêndoa, extraindo-se o azeite por prensagem mecânica e estudar a estabilidade oxidativa com ênfase na sua identidade e qualidade. Analisou-se se um pré-tratamento térmico (secagem numa estufa às temperaturas de 50 e 70 oC) das amêndoas e o efeito que a presença da luz causaria às características físico-químicas e nutricionais do azeite, durante um período de armazenagem de 120 dias à temperatura ambiente. Na secagem das amêndoas estudou-se a cinética de secagem, ajustando-se os modelos empíricos, semi-teóricos e o modelo matemático fundamentado na Lei de Fick aos dados experimentais, objetivando o melhor ajuste para descrever o fenômeno físico e estimar a energia de ativação envolvida na faixa de temperatura entre 50 e 80oC. Toda a caracterização do azeite foi de acordo com os métodos oficiais e recomendações técnicas da AOCS. A composição dos ácidos graxos do azeite foi determinada por cromatografia gasosa, utilizando-se o método oficial de AOCS. Na parte do tratamento estatístico, o delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso com o esquema fatorial 3 x 2 x 5 e 2 repetições, considerando os fatores: 1) secagem com 3 níveis – sem secagem, secagem a 50 oC e secagem a 70 oC; 2) embalagem com 2 níveis – sem efeito da luz, com efeito da luz; 3) armazenagem com 5 níveis – t = 0, t = 30, t = 60, t = 90 e t = 120 dias. Foi utilizado o software Assitat 7.5 beta para realizar a análise estatística. Concluiu-se com esta pesquisa que dos modelos empíricos, o de Wang e um melhor ajuste; dos modelos semi-teóricos, o de Page foi que melhor representou o fenômeno físico. Da solução analítica da 2ª Lei de Fick, obteve-se os coeficientes de difusão variando entre 2788 e 4,2894 x10-13 m2/s. A energia de ativação para o processo de secagem de amêndoas de castanha de caju foi de 40,42 kJ/mol para a faixa de temperatura entre 50 e 80 oC. Com relação à parte do azeite pode se concluir que o tratamento prévio de secagem (T = 50 e 70 oC) das amêndoas não influenciou nas características físico-químicas do azeite.