Interação entre águas salinizadas e adubação nitrogenada na produção de mudas enxertadas de goiabeiras.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ABRANTES, Daniel Soares de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTA
PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/783
Resumo: O cultivo da goiabeira mostra-se como atividade econômica e social importante, visto ser uma das frutas tropicais de maior aceitação no Brasil, entretanto, a disponibilidade de água para a irrigação tem se tornado cada vez mais escassa, tanto em termos de quantidade como de qualidade especialmente, em regiões áridas e semiáridas onde a evaporação é maior que a precipitação. Nesse contexto, o uso de águas salinas na agricultura deve ser considerado como alternativa importante, pois muitas vezes, é a única água disponível ao agricultor. Neste sentido, objetivou-se com esta pesquisa, avaliar a produção de mudas enxertadas de goiabeira irrigadas com águas de distintos níveis salinos e sob doses de adubação nitrogenada. Instalou-se dois experimentos usando em um o porta-enxerto de goiabeira Crioula e no outro o porta enxerto Paluma e, tendo como enxerto, a cv. de goiabeira Paluma. Os distintos experimentos foram instalados em condição de casa de vegetação, do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Pombal-PB, usandose o delineamento experimental de blocos casualizados, cujos tratamentos foram distribuídos em esquema fatorial 5 x 4 e quatro repetições, sendo cada parcela constituída por três plantas. Os tratamentos resultaram da combinação entre dois fatores: salinidade da água de irrigação (CEa) em cinco níveis sendo eles S1-0,3; S2-1,1; S3-1,9; S4-2,7 e S5-3,5 dS m-1 preparados mediante adição de cloreto de Na, Ca e Mg, mantendo-se uma proporção equivalente igual a 7:2:1, respectivamente, e quatro doses de nitrogênio N1 - 70%, N2 - 100%, N3 -130% e N4 - 160% da dose padrão (552 mg de N dm-3 ). O aumento da CEa, a partir de 0,3 dS m-1 afeta negativamente as variáveis de crescimento bem como a qualidade das mudas de goiabeira Paluma enxertadas sob os porta-enxertos Paluma e Crioula. Houve interação entre a salinidade da água de irrigação e doses de nitrogênio para o diâmetro do enxerto de goiabeira Paluma, sendo que a dose de 100% de N reduziu o efeito da salinidade da água de irrigação aos 70 DAT. Para as mudas de goiabeira Paluma tendo como porta-enxerto a cv. Crioula, a adubação nitrogenada nas doses 100% e 130% para o IQD, atenuaram os efeitos do estresse salino, obtendo-se os maiores valores sob o nível de CEa de 0,8 e 1,4 dS m-1 respectivamente. As mudas irrigadas com águas de CEa de até 1,9 dS m-1 atenderam os critérios para produção de muda padrão de goiabeira. A utilização de águas com CEa de até 2,2 e 2,0 dS m-1 , na irrigação de mudas de goiabeiras Paluma tendo como porta enxerto a cv. Crioula e cv. Paluma, respectivamente, promovem redução aceitável no crescimento das plantas de 10%.