Simulação do comportamento do fogo em material combustível de caatinga no Estado da Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: JUSTINO, Sérvio Túlio Pereira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN)
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/22089
Resumo: O incêndio florestal é um fenômeno de origem natural ou antrópica que ocorre frequentemente em quase todo o planeta. No bioma Caatinga, este fenômeno vem ocorrendo devido ao uso indiscriminado do fogo na limpeza de terreno e queima para rebrota de pastagens. Assim, o presente estudo objetivou avaliar o comportamento do fogo em queimas experimentais em ambiente fechado de material combustível, coletado em áreas de caatinga preservada em diferentes Regiões Geográficas Imediatas da Paraíba. A coleta do material combustível foi realizada em diferentes Regiões Geográficas Imediatas do Sertão da Paraíba, sendo elas: Patos, Pombal, Catolé do Rocha, São Bento, Sousa, Itaporanga, Cajazeiras e Princesa Isabel. Em cada área, foram coletadas sete amostras com auxílio de um gabarito (1,0 m x 1,0 m) que foi lançado de forma aleatória, e todo o material combustível foi retirado e acondicionado em sacos plásticos. Após a coleta nas áreas, o material combustível foi encaminhado para o laboratório, sendo pesado em balança, quantificando o material disponível em 1 m² e, posteriormente, estimado a t ha¹, além de determinar o teor de umidade em cada amostra. Para avaliação do comportamento do fogo, foram realizadas 21 queimas com a mesa de combustão a 0º (plano) e 21 queimas com a mesa de combustão a 25º, cujo delineamento foi em arranjo fatorial 7 x 2 (regiões de coleta x tipos de inclinação), com três repetições, totalizando 42 queimas. Na avaliação do comportamento do fogo, durante a queima, foram mensuradas variáveis, velocidade de propagação, intensidade do fogo, duração da queima, altura das chamas e calor liberado por unidade de área. Para determinação do poder calorífico, teor de cinzas, matéria orgânica e análise química (N, P, K, Mg e Ca), foi utilizado o delineamento inteiramente cazualizado, com três repetições, totalizando 21 repetições. Em relação ao peso médio do material combustível, constatou-se diferença, sendo as áreas preservadas da região de Pombal (23 t ha¹), Itaporanga (22,3 t ha1) e Catolé do Rocha (20,42 t ha1) as que apresentaram maior quantidade de material combustível sobre o piso florestal. O teor de umidade dos materiais combustíveis das áreas avaliadas não se diferiu, variando de 6,94 a 4,43%. Em relação à velocidade de propagação, intensidade do fogo e calor liberado por unidade de área, verificou-se que não houve interação entre o grau de inclinação e as regiões geográficas, somente as regiões geográficas exerceram influência sobre estas variáveis. Para a matéria orgânica, teor de cinzas e poder calorífico, não houve diferença significativa entre os materiais combustíveis das regiões avaliadas. As variações entre as concentrações de cada nutriente, determinadas antes e depois da queima, foram pouco evidentes para os teores de N e Mg e acentuadas para os de P, K e Ca. As áreas de caatinga preservada, nas diferentes regiões, responderam, de maneira diferenciada, ao comportamento do fogo devido aos diferentes tipos e quantidade de material combustível disponível. É essencial o desenvolvimento de novos estudos que busquem entender o comportamento do fogo para melhor traçar medidas de prevenção e combate aos incêndios florestais em áreas de caatinga.