A lenta desagregação do coronelismo - um estudo de caso - 1952/1974.
Ano de defesa: | 1988 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2280 |
Resumo: | Esta dissertação objetiva analisar, através de um estudo de caso, as razões que levam o Coronelismo a uma gradativa e irreversível desagregação. O Coronelismo, manifestação do mandonismo local, é uma forma de exercício do poder. O poder é relacional e dinâmico. Assim possuir os "instrumentos" de poder não significa possuir o poder em si mesmo. Este é delegado, emana do aparelho de Estado, ora considerado enquanto poder central, ora enquanto executivo estadual. Convêm ressaltar que o próprio Estado espelha as contradições irreconciliáveis existentes entre classes sociais. E é função do Estado "gerir" os conflitos, mediante a conciliação, a "troca de compromissos". Neste sentido, o mandonismo local é frágil,.porque mediatiza os interesses entre as bases municipais e as instâncias de poder que lhe são superiores. É do Estado que flui os "recursos" necessários para a manutenção das chefias locais. Por outro lado, "os poderosos" respondem às benesses governamentais procurando a legitimação do Estado burguês a nível local. Partimos do suposto que a propriedade fundiária, ainda é, no Nordeste, a base material do poder. A terra e as relações de trabalho que nela se realizam são a primeira condição para o exercício das relações de dominação. Por outro lado, embora a riqueza seja condição necessária, não é suficiente, para a perpetuação de certas formas de manifestação do poder local, como é o caso do Coronelismo. A sociedade avança através da organização dos partidos políticos, dos Sindicatos, de outras formas de associações de caráter reivindicatório. Os movimentos sociais obrigam o Estado a redefinir suas estratégias e este tenta adequar sua face ás modificações do conjunto do organismo social. Neste momento, o poder local é levado a redefinições. Formas de exercício do poder, antes necessárias, tornam-se anacrônicas e inadequadas. É o próprio Estado a se lecionar novas feições e agentes, uma nova postura e um novo discurso. Neste sentido, o Coronelismo tradicional está superado, embora permaneça o poder local, porque, permanece a alta concentração fundiária. E a terra aqui no Nordeste continua a exercer um duplo papel: a dominação econômica e política de uma classe sobre outra. |