A percepção dos riscos ambientais: do discurso midiático à vida cotidiana de populações da cidade de Campina Grande-PB.
Ano de defesa: | 2003 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1871 |
Resumo: | A importância da mídia (mass media) na constituição do imaginário e das práticas sociais tem despertado a atenção de muitos pesquisadores para o estudo do chamado poder simbólico que engendra e, ainda, dos seus desdobramentos na vida cotidiana das populações. Em regra, a mídia tem tratado a problemática ambiental de maneira limitada, ou como preservacionismo de áreas naturais, ou promovendo o ecoturismo, ou assumindo um discurso tecnicista de um conhecimento especialista e distante da vida cotidiana das populações locais. O objetivo central deste trabalho é contribuir com a compreensão dos impactos do discurso midiático na percepção dos riscos dos problemas ambientais. Procuramos observar como tais fenômenos (mídia e degradação ambiental) se intercomunicam para a formação das práticas sociais e discursivas, no estabelecimento do status quo, na formação das hierarquias sociais e das estruturas de poder, que se manifestam numa sociedade com índices crescentes de degradação social e ambiental. Através da análise da programação da TV, principalmente a Rede Globo, e de outros meios de comunicação social de massa, bem como do acompanhamento da vida cotidiana das populações pesquisadas, com o auxilio das técnicas da Observação Participante e da Análise de Discurso, foi possível perceber como ocorre a influência do discurso midiático na formação de uma racionalidade e de uma lógica discursiva que acabam justificando e estimulando os desequilíbrios e desigualdades existentes. Observamos que prevalece na mídia uma lógica pautada nas hierarquias e diferenças sociais e nos processos de degradação ambiental, enquanto aspectos invariáveis e permanentes do desenvolvimento humano. Identificamos a existência de uma contradição formada entre os apelos ecológicos e a institucionalização dos problemas ambientais que se manifestam pulverizados e isolados na mídia, ao mesmo tempo em que ocorre a reprodução da racionalidade e das práticas de degradação ambiental por toda programação, e de diferentes formas na vida cotidiana das populações pesquisadas. |