Índices climáticos para o Estado da Paraíba: determinação e evolução temporal com abordagem na análise espectral.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: BECKER, Carmem Terezinha.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1449
Resumo: Ao apresentar extensa área inclusa na delimitação semiárida do Brasil, mais de 86% do seu território, a Paraíba é um dos estados brasileiros onde a aridez apresenta maior severidade. A disponibilidade de água impera como um processo decisivo no que diz respeito ao seu efetivo desenvolvimento ambiental, social e econômico, o qual é intimamente dependente das condições climáticas reinantes. Neste contexto, emerge a necessidade da quantificação de índices que tenham como propósito, a caracterização climática de um determinado local, para com isto, haver uma melhor adequação às classes de clima predominantes. Assim, o presente estudo tem por objetivo, tecer cenários passados da variabilidade espacial e temporal de índices climáticos. Para tanto, são calculados índices climáticos a partir de dados normais climatológicos e seriais anuais para um período de cinquenta anos a vinte postos pluviométricos criteriosamente selecionados e distribuídos ao longo do estado da Paraíba. Leva-se em consideração a metodologia proposta por Thornthwaite (1948) e pelo índice de aridez aplicado pelo United Nations Environment Programme - UNEP (1992). Toma-se como subsídio, a aplicação conceitual de métodos espectrais com a subsequente aplicação da análise de ondaletas aos índices climáticos seriais. Resulta-se, que mesmo metodologias distintas venham a produzir classificações climáticas diferentes para um mesmo local e período de tempo, o desenvolvimento das variabilidades interanual e interdecenal são extremamente semelhantes, recomendando os mesmos agentes como causadores destas variabilidades. Mesmo assim, o índice de aridez do UNEP mostra-se menos criterioso para classificações climáticas do que na utilização dos índices de Thornthwaite, evidenciando quadros de menor aridez. Pela metodologia das ondaletas, a variabilidade interdecenal é significativamente mais aparente do que a interanual, com a marcante predominância na escala de 11 anos, interagindo com escalas menores, de 5, 3,5 e 2,5 anos, os quais tendem a seguir os principais comportamentos da variabilidade térmica nas bacias dos oceanos Atlântico e Pacífico. Correlações simples indicam conexões mais significativas entre modos do Pacífico e as regiões do Sertão e Alto Sertão, decrescendo em direção ao Litoral. Por outro lado, anomalias das águas no oceano Atlântico apresentam influência quase homogênea em grande parte do Estado da Paraíba, com maior sinal na faixa leste adjacente. Observa-se ainda, que classificações climáticas de forma seriada, com o processamento dos percentuais de cada tipo de clima e distribuição temporal, representa um método mais realista de análise do clima, haja vista que a partir de normais climatológicas, descreve-se uma condição média do clima local ou regional.