A invenção de um lugar: vivências e memórias (n) da favela da Cachoeira (Campina Grande 1959-2006).
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1714 |
Resumo: | Pensar a cidade implica pensar espacialidades e temporalidades. Deste modo, devemos ter em mente que as cidades são produzidas em determinados espaços e tempos históricos em que a dinâmica dos homens em sociedade vai modelando seus contornos. A cidade pensada neste contexto é Campina Grande. O presente texto tem a preocupação de tornar possível um outro olhar sobre como se deu o processo de construção da Favela da Cachoeira em Campina Grande – construção enquanto um espaço habitado, a partir do ano de 1959, e construção enquanto um lugar significado por seus moradores e por outros cidadãos. Passearemos pelas experiências urbanas de alguns populares na cidade. Contaremos uma história de moradores da Favela da Cachoeira, especialmente o modo como se tornavam possíveis vivências na favela e como se experimentavam essas vivências de modo nem sempre harmônico. Abordaremos o modo como cotidianamente os agentes sociais da Cachoeira reivindicavam e lutavam pela melhoria de sua qualidade de vida, movimento que acabou resultando na remoção no ano de 2006 das cerca de 670 famílias da favela para um espaço projetado para recebê-las: o Loteamento Glória, ou, como é mais conhecido, Bairro da Glória. Para realizar nosso trabalho utilizamos entrevistas feitas com os exmoradores da favela, bem como lançamos mão de documentos oficiais e obras de cunho historiográfico. Acreditamos que à medida em que levantamos questões sobre como pensar a cidade, a historicidade dos sujeitos, as práticas cotidianas dos moradores da Favela da Cachoeira, as condições de vida, aspectos sociais dos moradores da comunidade, quais forças e interesses se relacionavam quando da elaboração do processo de transição para o Bairro da Glória, sobre o papel ou o lugar dos populares nessa conquista enquanto produtores de uma cultura e agentes que militavam em prol de medidas eficientes de melhoria das condições de vida da comunidade, estamos contribuindo com os debates que vem sendo realizados na academia que versam sobre as relações e conflitos sociais, sobre o cotidiano, sobre as reformas urbanas e as tramas políticas e econômicas que estão atreladas. |