A importância do trabalho na constituição e reprodução do ser social.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: CORTELETTI, Roseli de Fátima.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA RURAL E REGIONAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4248
Resumo: Este estudo se fundamenta em evidenciar a importância do trabalho para constituição e reprodução do ser social. Analisar a essência do trabalho enquanto momento universal da reprodução social significa fazer uma abstração teórica necessária para a compreensão dos momentos históricos parciais, que constituem a totalidade da reprodução social, sendo que a cada momento da reprodução social, o trabalho afirma seu papel fundante e central para a produção e reprodução do mundo dos homens e do ser social. O trabalho na concepção marxiana é uma atividade social que foi criada pelos homens pela necessidade de sobrevivência. Nesse sentido, observamos historicamente as diversas formas de produção e reprodução da existência dos homens, ao longo da evolução econômica e social da história da humanidade. A partir das formações econômicas pré-capitalistas ate a origem do capital e desenvolvimento do modo de produção capitalista, verificamos as formas de propriedade do trabalho, a organização dos processos de trabalho e o relacionamento do trabalhador com o objeto de trabalho. Inicialmente a produção material da existência humana é realizada através da relação direta do homem com a natureza. Ao atuar na natureza os homens desenvolvem suas potencialidades, criando uma base produtiva e relações sociais que determinam a evolução social de cada momento histórico. No modo de produção capitalista, tem-se uma modificação do modo de produção e principalmente na forma de relacionamento do trabalhador com o produto do seu trabalho e das relações sociais de produção que acompanham o processo histórico. A relação do trabalho com o capital dissolve as diversas formas nas quais o trabalhador é proprietário dos meios de subsistência, instrumentos e produtos do seu trabalho. Assim, o trabalho, que se fundamentava na satisfação das necessidades humanas, passa a ser apenas um meio de sobrevivência do trabalhador. Com o desenvolvimento das forças produtivas, das relações sociais e da sociabilidade, a forma dos homens produzirem sua existência vai se afastando da troca orgânica com a natureza e o trabalho vai adquirindo uma forma cada vez mais social. No entanto, esse afastamento das barreiras naturais não significa uma ruptura com a natureza, pelo contrário, a natureza deverá permanecer eternamente como a base originária do mundo dos homens e do ser social. Com isso podemos dizer que nem todos os atos humanos são trabalho, no entanto, se a essência fundante da categoria trabalho não existisse, nenhuma atividade humana seria possível e não haveria mundo dos homens e nem ser social.