Alterações espectrais, agronômicas, de desenvolvimento e crescimento do amendoim causadas por doses de cálcio e fósforo em condições de casa-de-vegetação.
Ano de defesa: | 2004 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3071 |
Resumo: | A compreensão dos princípios de fertilidade do solo è essencial para uma produção eficiente das culturas e para proteção ambiental. Os métodos de avaliação da nutrição minera! das plantas baseiam-se, em geral, na análise de solo, na análise de plantas, na diagnose visual e ou na avaliação das variáveis de produção. No caso do amendoim (Arac/i/s hypogaea L), a maioria das pesquisas têm suas respostas avaliadas em termos de variáveis de produção, Sendo assim, objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos das diferentes doses de cálcio e de fósforo no amenrjoinzeiro cultivar BR-1, em condições de casa-de-vegetação; sobre as propriedades espectrais das folhas, variáveis de crescimento e desenvolvimento, produção e qualidade de produção. Três experimentos, denominados I, II e 111, foram conduzidos em casa-de-vegetação em delineamento de blocos ao acaso. Os experimentos I e II constaram de 20 tratamentos com três repetições e o experimento III constou de 15 tratamentos com quatro repetições, totalizando 60 unidades experimentais (ou vasos de 22 litros) em cada experimento. O experimento I Unha um esquema de análise fatortal 5x4, sendo os fatores cinco doses de cálcio (0; 300; 600; 900 e 1200kg de CaSO; /ha) e quatro doses de fósforo {0; 50; 100 e 150kg de PjGs /ha) e o experimento II avaliou o efeito residual do material do solo do experimento I. O experimenlD III tinha um esquema fatoria! de 3 x 5, sendo os fatores três doses de cálcio (0; 300 e 600kg de CaSCXj lha) e cinco doses de fósforo (0; 50; 100; 150 e 200kg de PjCVha). As doses de cálcio e fofósfo foram aplicadas em cobertura na semeadura, Os efeitos causados pela aplicação das doses de cálcio s de fósforo ao solo foram avaliados através de atributos de plantas (variáveis de crescimento, de desenvolvimento e agronômicas), das propriedades especiais das folhas (refiectância, tansmitâncla e absortàncía), do solo {propriedades químicas) e da análise folar. Na maioria das variáveis de desenvolvimento e crescimento analisadas (número de Hores, número de ginóforos, número de nódulos, fitomassa aérea e largura de vagens) a melhor dose de cálcio foi de 600kg/ha. A melhor dose de fósforo apresentou variações, mas o intervalo está situado entre 50 e 100kg/ha. Para as variáveis agronômicas: peso de vagens, peso de sementes perfeitas, número de vagens e número de vagens chochas, houve respostas benéficas com relação ás doses de cálcio, em que as duas primeiras variáveis a dose recomendada é de 300kg/ha e as duas últimas a dose deve ser em torno de 800kgíha. A exceção está apenas para o peso de sementes em que o cálcio não teve uma influência positiva, e para o teor de óleo em que não houve resposta significativa do cálcio. Em Iodas as variáveis, houve o efeito da adubação fosfatada, cujo valor enconlra-se no intervalo de 60 a 100kg/ha. No caso do teor de óleo a dose é de Okg/ha, pois o seu efeito não ê benéfico, O efeito residual obtido através das variáveis agronômicas e de desenvolvimento e crescimento apresentou valor médio do fator h de 0,050 para o cálcio e 0,151 para o fósforo. Na análise de crescimento verificou-se efeito significativo da Interação das doses de cálcio e das doses de fósforo para o diâmetro caulinar e a área foliar e das doses de fósforo para a altura. Entretanto, os diferentes tratamentos empregados não determinam variações substanciais no crescimento do amendoinzeíro. A ordem da absorção dos macronulrientes pelas folhas do amendoim foi cálcio, nitrogênio, potássio, magnésio e fósforo. No caso das características espectrais, as menores reflectãncias da folha correspondem ao tratamento em que a dose de cálcio é de 1200kgíha e a dose de fósforo è de 150kg/ha. Estes valores seriam as quantidades mais adequadas para colaborar com a natureza no processo de foiossiníese. Todavia, as doses de cálcio de 600kg/ha e fósforo de 100kgiha apresentaram valores intermediários entre as doses que apresentam os valores máximos e miramos de refiectância, indicando uma boa estabilidade e fases bem características do ciclo evolutivo do amendoim. Finalmente, as adubações cálcica e fosfatada aumentaram de forma considerável a produção do amendoim, principalmente pelo alto percentual do número de vagens. A adubação cálcica não exerceu influência e a fosfatada não exerceu efeito benéfico no teor de õiao da semente. As doses médias a serem recomendadas para o cálcio e o fósforo são SQGkg/ha e 10Okg/ha, respectivamente, considerando o CaSO* e o Pj05, que necessitam serem avaliadas em condições de campo. |