Gêneros textuais e letramento: uma abordgem sociointeracionista da produção escrita de crianças de 1ª e 2ª série

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Celi Mendes Pereira da Silva, Regina
Orientador(a): Padilha Peixoto Pinto, Abuêndia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7744
Resumo: A diversidade de situações de letramento às quais a criança está sujeita, tanto na escola como fora dela, requer uma metodologia de ensino da escrita que focalize o trabalho com os gêneros textuais. A contribuição de Vygotsky (1984,1987) no que se refere à construção social do conhecimento, bem como os estudos de Bakhtin (1981,1992), Bronckart (1999), Schneuwly (1994, 1996) e Dolz (1996) embasaram a nossa concepção de que os gêneros organizam e regulam as formas de atuação no mundo, que são mediadas pela linguagem. Essa abordagem deu-nos respaldo para avaliar o desempenho de alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental, de escola pública e particular, pertencentes a distintas realidades sócio-econômicas, em atividades de produção textual que se apóiam no trabalho com diferentes gêneros escritos. Com base nesse questionamento geral, procuramos investigar: os espaços de atuação social realizados através da modalidade escrita e disponibilizados para a criança em seu meio ambiente cultural; os gêneros escritos que estão mais relacionados a sua rotina de atividade social; e a relação entre o ensino de gêneros textuais e o favorecimento na aprendizagem de aspectos lingüísticos e cognitivos específicos a modalidades escritas previstas para as crianças desse ciclo. A análise dos 84 textos elaborados pelos 12 alunos, associada aos outros instrumentos de coleta de dados, revelou que as crianças compartilham basicamente os mesmos espaços de atuação social que condicionam os usos da escrita em suas vidas. Concluímos também que as dificuldades enfrentadas pelo escritor iniciante, reflexo da complexidade inerente ao ato de escrever, podem ser enfrentadas gradualmente, por meio de práticas interativas de linguagem que possibilitem a circulação das variadas representações cognitivas da atividade social