Análise de fatores que influenciam a proliferação de cianobactérias e algas em lagoas de estabilização.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: RIBEIRO, Pollyana Caetano.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ETE
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3504
Resumo: O grande problema do florescimento de cianobactérias em corpos aquáticos é o fato destes microrganismos produzirem e liberarem toxinas que podem afetar a saúde humana quando da utilização da água para atividades diversas. O fenômeno não é restrito para mananciais de abastecimento podendo ocorrer em lagoas de estabilização, um ambiente hipereutrófico, que sob certas condições climáticas e operacionais favorecem o fenômeno de floração. Diante disso, o objetivo principal deste trabalho foi estudar as possíveis causas da proliferação excessiva de cianobactérias em algumas lagoas de estabilização do estado da Paraíba, com destaque para aquelas dos municípios de Sapé, Monteiro, Sousa e Cajazeiras. A literatura enfatiza que diferentes intervalos da razão N/P propiciam essa proliferação. Neste trabalho as razões N/P foram avaliadas utilizando diferentes formas de N e P. Os efluentes finais das ETE's foram monitorados no período de agosto de 2000 a maio de 2004 com análises de amostras que foram executadas no Laboratório de Saneamento Ambiental da Unidade Acadêmica de Engenharia Civil - CTRN - UFCG. As variáveis analisadas foram temperatura da água, pH, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, DBO, DQO, amônia, nitrato, ortofosfato solúvel, fósforo total e clorofila "a". Os dados climáticos dos municípios (precipitação pluviométrica, insolação e temperatura do ar) foram fornecidos pela Agência de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA). A análise dos dados foi feita com o auxílio do Excel® 2003 disponível no Microsoft Office, utilizaram-se as ferramentas de análise estatística descritiva e das matrizes de correlação. O monitoramento mostrou que as estações de seca e chuva influenciaram na variação da qualidade do efluente final. Para amostras de esgoto bruto, a predominância dos valores da razão N/P ocorreu na forma de amônia/P-total para N/P<10 e na forma de amônia/P-orto no intervalo de 10-16. Já no efluente final independente das formas de nitrogênio e fósforo utilizadas, predominou a razão N/P<10. Ambas as faixas propiciam condições para o florescimento de algas e cianobactérias respectivamente. Observou-se que o evento de florescimento de cianobactérias foi evidente nos municípios de Sapé, Monteiro, Sousa e Cajazeiras por apresentarem condições essenciais e suficientes para desencadear tal fenômeno, como período longo de elevada insolação e efluentes finais com temperatura média acima de 25°C e pH médio em torno de 7,5. Em relação às oito ETE's avaliadas, a proliferação excessiva de cianobactérias ocorreu naqueles sistemas que apresentam configuração de lagoa facultativa primária (com exceção da ETE de Monteiro) e a alimentação intermitente o que pode ter contribuído para o fenômeno da floração. Fica então um alerta que sistemas com estas características, e em regiões de clima tropical podem favorecer o crescimento excessivo desses microrganismos com implicações severas em corpos hídricos que recebem esses efluentes e que se destinam ao abastecimento humano.