Análise de aspectos climatológicos, agroeconômicos, ambientais e de seus efeitos sobre a bacia hidrográfica do rio Mundaú (AL e PE).
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3666 |
Resumo: | A bacia hidrográfica do rio Mundaú encontra-se em acelerado processo de degradação ambiental devido a práticas antrópicas degradantes. Medidas para atenuação dos efeitos da degradação exigem a identificação e informações de suas causas, o que potencializa a importância dessa pesquisa. Desejou-se analisar a climatologia da bacia hidrográfica, mostrando sua variabilidade espaço-temporal, os principais eventos que proporcionam chuvas na região e como tais afetam aspectos sócio-econômicos, agrícolas e ambientais. Também foram objetivos deste trabalho gerar diagnóstico e prognóstico úteis aos setores ligados aos recursos hídricos (planejamentos do uso da água, agrícola, energético, pesqueiro, sucroalcooleiro e industrial); propor equações previsoras de anomalias de chuva, utilizando os índices climáticos IME, IOS e ODP e anomalias de TSM do Oceano Atlântico; quantificar, através dos quatro índices, a influência do clima global sobre a bacia hidrográfica; gerar informações sobre a produção agrícola e aspectos sócio-ambientais e propor ações de manejo local, as quais auxiliarão na tomada de decisões do gerenciamento da bacia hidrográfica. Foi detectado um “ponto de inversão” na série de precipitação. No Baixo Mundaú, o período antes de 1974 foi mais úmido que o posterior a este ano. Nas regiões do Médio Mundaú e Alto Mundaú, o período depois de 1974 foi mais úmido que o anterior, o contrário da região litorânea. Foi sugerido, para o Baixo Mundaú, que as anomalias de TSM do Oceano Atlântico sejam usadas como previsoras das anomalias de precipitação da quadra chuvosa. Para o Médio Mundaú foi usado como previsor o IME, e para o Alto Mundaú, o IME e as anomalias de TSM do Oceano Atlântico. De acordo com os dados de produção agrícola, o Alto Mundaú destacou-se como produtor de carvão vegetal, feijão e milho, o Médio Mundaú, de laranja, leite e arroz; e o Baixo Mundaú, de cana-de-açúcar, mel, leite e arroz. Verificou-se ainda que as carvoarias no Alto Mundaú e o cultivo da cana-de-açúcar no Baixo Mundaú agridem ecologicamente a bacia hidrográfica. Ambientalmente, verificou-se que a poluição hídrica, a distribuição pluviométrica, o uso e manejo do solo, principalmente no que se refere à agricultura, interferem na distribuição dos macrocrustáceos decápodas do CELMM, uma das principais fontes de renda local. Diante do quadro encontrado no CELMM, citando deposição de sedimentos e assoreamento, desmatamento, antropização da paisagem, alteração do microclima, impermeabilização do solo, erosão, poluição hídrica e diminuição da biodiversidade, foram propostas ações (macrodrenagem, monitoramento da qualidade hídrica, plantio de espécies arbóreas nativas, reintrodução de espécies nativas da fauna, planejamento urbano e turístico, controle de especulação imobiliária, deslocamento de indústrias, plantios e construções e projetos de educação ambiental) para amenizar e impedir o agravamento dos impactos ambientais. Este trabalho mostrou que as informações climatológicas e meteorológicas geradas para a bacia hidrográfica do rio Mundaú são úteis em vários aspectos do setor agrícola, ambiental e sócio-econômico. Ao mesmo tempo, verificou-se que a variabilidade pluviométrica interfere na produção de vários cultivos e na biodiversidade local. Os aspectos ambientais também se mostraram dependentes das ações humanas como uso, ocupação do solo e agricultura, as quais comprovadamente poluem os recursos hídricos locais. |