O capital entre aparência e essência: mercantilização da "causa das mulheres" e expropriação da força de trabalho feminina.
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36612 |
Resumo: | Este trabalho enquadra o fenômeno da mercantilização da causa das mulheres enquanto tática de sobrevivência do capital na contemporaneidade em busca de construir, no mundo das aparências, uma autoimagem como aliado das mulheres e projetá-la para a opinião pública na medida em que, em essência, explora, domina e violenta milhares de mulheres que estão na base social de sua estrutura produtiva ampliando as formas de expropriação da força de trabalho feminina sob o neoliberalismo e de esvaziamento da luta feminina, a exemplo das duas grandes empresas analisadas nesse contexto, Avon e Natura. Esse fenômeno faz parte da dinâmica de desenvolvimento do próprio modo de produção capitalista, que em virtude do grau de concentração que atinge a partir de sua etapa imperialista possibilita a diversificação e ampliação da capacidade técnica e tecnológica, complexificando-se no sentido da expansão de suas formas de dominação num processo em que ganha particular importância os fatos de cultura que opera de maneira historicamente original na pós-modernidade. Na luta por hegemonia, o capital adquire uma ampla capacidade de reificação a partir do acúmulo de experiência (material ou subjetiva) em busca de bloquear, conter e canalizar as diversas forças sociais e culturas de oposição que florescem contra sua lógica de dominação, em especial com o desenvolvimento do fenômeno da estetização política capaz de suprimir, a partir do domínio da ideologia burguesa, as contradições sociais provocadas pelo capital e promover sua espetacularização, assim como faz em relação à causa das mulheres. Nesse sentido, o pós modernismo é concebido como uma importante ferramenta de dominação para manter e aprofundar o estado de confusão ideológica e desmantelamento das fileiras do trabalho feminino num contexto em que as forças do capital encontram-se mundializadas (e organizadas) como nunca, seja por meios institucionais ou através de seus aparelhos privados de hegemonia 3 desdobrando-se em implicações políticas urgentes para as mulheres do século XXI |