Desenvolvimento de métodos para análise qualitativa e quantitativa de aflatoxinas em amendoim.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: AIRES, Priscila Simone Ribeiro.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10882
Resumo: Os fungos da espécie Aspergillus não só constituem os principais contaminantes de sementes e grãos de amendoim em condições de armazenamento, Esses fungos se desenvolvem produzindo aflatoxinas que são metabólitos secundários de alta toxicidade. A dificuldade de detecção e quantificação de aflatoxinas diretamente na amostra e um fator limitante em muitas áreas de estudo e também da industria. Com o avanço tecnológico novos métodos tem sido propostos para superar essa problemática. A espectroscopia de reflectância difusa no visível (VIS) e no infravermelho próximo (NIR) ocupa lugar de destaque por não requerer preparo da amostra e vantagens de ser rápida e não destrutiva. Objetivou-se neste trabalho estudar a incidência de A. parasiticus e dos níveis de aflatoxinas em grãos de amendoim armazenados usando medidas de reflectância de 400 a 2500 nm. Os grãos de amendoim foram previamente irradiados com 60Co a 25 kGy e inoculados com cepa toxicogênica de A. parasiticus na concentração de 3,0 x 106 esporos/ g de caulim em pó. Um total de 36 amostras com 200 g cada uma, foram distribuídas em 3 blocos. Para simular as condições ideais a produção de aflatoxinas, as amostras com 11% de umidade foram armazenadas no interior de câmaras incubadoras a temperatura de 30 °C, fotoperíodo de 12 h e umidade relativa de 85%, durante 16 dias. A cada dois dias de incubação realizou-se teste de sanidade, determinação do teor de umidade dos grãos, registro dos espectros na região de 400 a 2500 nm nos grãos inteiros e triturados, detecção e quantificação das aflatoxinas por CCD. As aflatoxinas foram detectadas em todas as amostras inoculadas numa faixa de concentração de 180 a 730000 ug kg-1. Os espectros foram preprocessados por algoritmo de Savitzky-Golay, primeira derivada, polinômio de segunda ordem e janela de 21 pontes. Os modelos de identificação de aflatoxinas em grãos e no material triturado, foram baseados na PCA dos espectros derivativos. A variância explicada foi superior a 98% para três PCs que permitiram identificar os tratamentos contaminados com A. parasiticus, como a detecção de aflatoxinas. Os modelos PLS para aflatoxinas totais forneceram coeficiente de correlação e RMSEP de 0,9827 e 5,2 x 104 ug kg"1 para a região VIS e 0,9540 e 8,5 x 104 ug kg"1 para o NIR. A concentração de aflatoxinas foi três vezes superior ao limite da ANVISA, no sexto dia apos a incubação. A espectroscopia VIS-NIR com PCA e PLS permitiram uma rápida e não destrutiva classificação de amostras contaminadas e quantificação de aflatoxinas em grãos de amendoim contaminados artificialmente com A. parasiticus.