Processo de modernização tecnológica na agricultura do Nordeste brasileiro.
Ano de defesa: | 1988 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA RURAL E REGIONAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11543 |
Resumo: | 0 processo de modernização tecnológica da agricultura brasileira, dado seu caráter desigual inclusive entre as regiões do pais, também foi diferenciado dentro das próprias regiões entre os estados, entre categorias ou grupos sociais de produtores e atividades econômicas, levando a uma segmentação da produção. Essas diferenças estão diretamente associadas a forma como esse processo foi gerado e produzido no país: um processo amplamente subsidiado e induzido pelo Estado. Parte-se do pressuposto teórico metodológico que as transformações que ocorreram na agricultura brasileira e suas consequências são aspectos particulares bem específicos, que só podem ser entendidos dentro de um marco da expansão e reprodução capitalista, o quaI, em ultima análise, foi quem estimulou ou promoveu as transformações que necessitam ser investigadas cientificamente. 0 objetivo principal deste trabalho e analisar o processo de modernização tecnológica na agricultura do Nordeste brasileiro, destacando a intervenção do Estado nesse processo e a evolução da agricultura na região, fundamentalmente a partir do início da década de 70 quando se inicia no pais uma política de desenvolvimento diferenciada regionalmente e um processo de intervenção "planejada", procurando com isso demonstrar a forma desigual de desenvolvimento do setor agrícola, sem, contudo, atribuí-lo pura e simplesmente ao problema secular das secas como muitos já o fizeram. A evolução da agricultura na região foi analisada através de índices de tecnificação , da evolução da área colhida e do rendimento médio das principais culturas. Através da evolução desses índices conclui-se que existe um expressivo desequilíbrio tecnológico entre o Nordeste e o resto do país e um processo de modernização extremamente concentrado dentro da própria região. Em relação a segmentação da produção, conclui-se que esse processo existe na agricultura da região Nordeste, mas o principal fator que expressa essa segmentação e o aumento de área das culturas que foram privilegiadas pelos instrumentos de política agrícola modernizante - os produtos que são matérias primas industriais, com preços determinados no mercado internacional, cujo maior destino 6 a exportação ou para fins energéticos, especialmente cacau, cana-de-açúcar, soja, laranja e cafe. A fruticultura no Nordeste 6 avaliada como um caso específico, destacando-se por apresentar taxas significativas de crescimento tanto dos rendimentos médios quanto das áreas colhidas. Os subsídios governamentais e os investimentos em infra-estrutura tiveram importante papel para o desenvolvimento da fruticultura na região. |