O dinamismo da linguagem em alguns contos de primeiras estórias.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: BEZERRA, Wallas Ferdinando Ramos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3495
Resumo: A proposta deste trabalho consiste em analisar e interpretar três contos de Primeiras Estórias, destacando em cada um deles aspectos essenciais do dinamismo da linguagem. Especificamente, enfatizaremos o ritmo, as inversões sintáticas e os neologismos. Na seqüência, teceremos algumas observações sobre uma possível falta de um ou mais desses fatores e faremos algumas considerações visando uma contribuição para o aperfeiçoamento dessa questão nos livros didáticos, bem como apresentaremos uma sugestão de trabalho em sala de aula com o conto “Famigerado”. Com relação ao dinamismo da linguagem, procuraremos mostrar que a expressividade rosiana está a serviço de uma inversão de expectativas, ou seja, o autor, de modo planejado, confere a suas inovações um caráter de rebelião ou inconformismo sócio-histórico. O destaque para o impulso manipulador ou criativo não implica necessariamente um deslocamento para um cenário metropolitano, ao contrário, a paisagem predominante é o campo ou arraiais e sítios, e seus personagens também são gente simples, mas densamente constituídas. Em síntese, a passagem de um estado de linguagem tradicional para um outro que se deseja e instala-se como revolucionário, ou inovador é característico ao longo das Primeiras Estórias. Também nos três contos que selecionamos a estrutura dinâmica da linguagem deve-se a uma alteração de composição artística e de visão de mundo do autor: o ritmo e a sintaxe poética buscam um caminho ou uma saída criativa, imprevisível, para os conflitos que dilaceram os indivíduos em suas diversas categorias sociais. A solução para esses impasses beira o absurdo e a loucura, a sagacidade e o disfarce, chegando algumas vezes a criatividade intelectualmente dinâmica e ao que podemos chamar de milagre afetivo.