Metamorfoseando a escrita: transposição de marcas e estratégias gráficas no WhatsApp para a redação escolar.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Formação de Professores - CFP PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN) UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1448 |
Resumo: | Muito se têm problematizado sobre os desafios do ensino da língua portuguesa, especialmente aqueles aspectos relacionados à produção escrita dos estudantes, visto que a modalidade escrita da língua é de extrema importância para a vida em sociedade. As contribuições teóricas nesta pesquisa centra-se nos seguintes autores Antunes (2010), Koch (2002), Koch e Elias (2012) e Marcuschi (2004), (2007), (2008), (2010) e (2011), com embasamento na Linguística textual. Para problematizar as transformações ocasionadas pela evolução tecnológica, com foco para o desenvolvimento da internet, apoamo-nos em pesquisadores interessados pela linguagem digital, estão no rol teórico Araújo e Biasi Rodrigues (2005), Araújo (2016), Caiado (2017), Crystal (2004),Galli (2010), Leffa (2012), (2016), Levy (1993), (1999) e Xavier (2011), visto que a escrita produzida nos espaços digitais apresenta características próprias com as quais a maioria dos estudantes estão em contato e uso diário. Mediante essa realidade, essa pesquisa teve como objetivo comparar as marcas linguísticas nos textos produzidos em sala de aula do nono ano do ensino fundamental com aquelas identificadas em sua escrita digital, mais especificamente nas conversas do WhatsApp, observando possíveis transposição de marcas e estratégias utlizadas na produção de mensagens nesse aplicativo para a produção textual escolar. Para a realização da pesquisa, foi escolhido como corpus a produção escrita escolar dos alunos de uma turma de nono ano do ensino fundamental e as mensagens de WhatsApp, sua preferência na internet e foi criado um grupo, estabeleceu-se uma interação e motivação dos estudantes pesquisados, o que qualificou nossa pesquisa como pesquisa netnográfica. Assim sendo, foi proposta a escrita de textos opinativos sobre o mesmo tema nas duas formas de escrita, texto escolar (escrita formal) e escrita digital (mensagem de WhatsApp) e procedeu-se às análises de acordo com as proposições de Koch e Elias (2012) e Antunes (2010), observando sobretudo as marcas de oralidade, as relações estabelecidas nos textos e nas mensagens, a obediência às convenções ortográficas, o uso de outras notações gráficas. Os resultados confirmaram o que já preconizava o referencial teórico: primeiro: a língua materna está totalmente segura quanto à sua estrutura; segundo, que os jovens desenvolvem estratégias como a brevidade e a informalidade de tal ordem que, sem um ensino qualificado, essa prática pode distanciar os estudantes cada vez mais das convenções da escrita, e, finalmente, que as mensagens de WhatsApp são materiais significativos e o uso adequado das mesmos pode contribuir para o aprimoramento da escrita formal. Esses resultados impulsionaram a concepção de uma proposta didática que nasce como fruto de nossas reflexões e se torna uma contribuição para a utilização das mensagens digitais como recurso pedagógico a ser utilizado no ensino da escrita e está organizada numa cartilha pedagógica contendo sugestões de atividades e o passo-a-passo de uma sequência didática. |