Estudos socioambientais na microbacia do Rio Chafariz (PB) como ferramenta para gestão.

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: TRAJANO, Érika Veruschka de Araújo.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR; PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS; UFCG
• Palavras-chave em Português: Estudo socioambiental; Rio Chafariz - Santa Luzia - PB; Microbacia do Rio Chafariz - PB; Gestão ambiental; Sustentabilidade ambiental; Levantamento florístico; Interação homem e meio ambiente; Qualidade da água; Morfometria; Ecologia; Planejamento ambiental; Ferramentas de gestão ambiental; Coliformes totais; Escherichia coli; Termotolerantes; Semiárido Paraibano; Socio-environmental study; Environmental management; Environmental sustainability; Floristic survey; Human and environment interaction; Morphometry; Ecology and society; Environmental planning; Environmental management tools; Ciências Florestais.
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/13968

O planejamento ambiental constitui-se importante ferramenta para os processos de gestão do meio ambiente. Este trabalho objetivou identificar alguns fatores que influem negativamente na qualidade ambiental de uma bacia hidrográfica, tais como desmatamentos, produção agropecuária, atividades mineradoras, descargas nos rios. A degradação pode ser provocada por essas atividades, e a utilização dos recursos naturais de forma inapropriada e descontrolada pode contribuir para o aumento do processo de erosão do solo, sendo agravado pelo escoamento superficial da água, e um fator importante para a contribuição na preservação do meio ambiente são as práticas adequadas de manejo e conservação do solo. Na microbacia do rio Chafariz, com uma área de 215,6 km2, pode ser observada a intensa atividade mineradora, entre outras atividades, como a pecuária, agricultura, extração de areia. Morfometricamente, caracterizou-se por índice de compacidade (Kc) igual a 1,57; fator de forma (Kf) correspondendo a 0,39 e índice de circularidade igual a 0,4, demonstrando que sua forma tende para alongada. Esses parâmetros indicam área não sujeita a enchentes, que apresenta baixa extensão média do escoamento superficial, fator que auxilia na drenagem da água precipitada. Identificou-se que as ações antrópicas estão alterando este perfil, pois a atividade mineradora de vermiculita descarta o rejeito a céu aberto e, no período chuvoso, é carreado para os corpos de água, assoreando-os, gerando alagamentos e diminuição do tempo de residência da água na bacia hidrográfica. Em termos da potabilidade da água, a mesma apresentou infestação por coliformes totais e Escherichia coli ou termotolerantes, tornando-a imprópria para consumo humano in natura. A salinidade variou de média a muito alta, a salinidade variando de baixa a média, limitando seu uso na agricultura pelo risco de salinização dos solos. Em termos econômicos, identificou-se desmotivação quanto a produzir e vender os produtos agrícolas. Segundo relatos, tanto a produção é baixa, quanto o valor dos produtos a serem comercializados, pois não compensa. Outros fatores limitantes são: pequena área para o plantio, limitação quanto à disponibilidade de água e falta de assistência técnica rural, mantida pelo estado, que os oriente quanto às práticas agrícolas e pecuárias que promovam maior produtividade. Esses fatores resultam em desequilíbrio socioeconômico, êxodo rural e todos os impactos sociais decorrentes desta situação.