Perfil de enteroparasitos e enterocomensais em merendeiras de Cuité-PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: ANDRADE JÚNIOR, Francisco Patrício de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Educação e Saúde - CES
PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN)
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6863
Resumo: Mãos contaminadas por parasitas intestinais podem perpassá-los facilmente aos produtos alimentícios e consequentemente ao consumidor, assim profissionais responsáveis pela manipulação de alimentos podem atuar como disseminadores desses patógenos. O presente estudo objetivou avaliar a prevalência de enteroparasitos e as variáveis epidemiológicas associadas a infecção parasitária em manipuladores de merenda escolar de Cuité-PB. As amostras fecais foram analisadas através do método de centrífugo-sedimentação simples e houve aplicação de questionário semiestruturado para 57 manipuladores de merenda escolar de 11 escolas do município de Cuité, no período de agosto a dezembro de 2017, sendo que o trabalho foi devidamente aprovado pelo comitê de ética com o seguinte número de parecer: 1.258.124. Foi utilizado o teste qui-quadrado e as variáveis foram analisadas a partir do Software Statistical Package for Social Sciences. Dentre os 57 manipuladores de merenda escolar, 78,9% estavam infectados por enteroparasitos/enterocomensais. Endolimax nana foi a espécie mais prevalente (53,4%). Também foram encontradas as espécies patogênicas Giardia lamblia, Ascaris lumbricoides, Hymenolepis nana e Entamoeba histolytica/E. dispar. Em relação ao perfil dos acometidos, 100% dos infectados eram do sexo feminino, 48,9% possuíam baixa escolaridade, 53,3% tinham renda familiar de até um salário mínimo e 60% tinham entre 20-49 anos. Cerca 40% dos infectados estavam bi/poliparasitados e 35,6% e 80% possuíam água e esgotamento sanitário inadequados, respectivamente. Enquanto que 40% dos infectados não sabiam o que era parasitoses e 48,9% como se adquiria. Em relação a capacitação destes profissionais, 43,9% dos manipuladores nunca tinham feito treinamento em manipulação de alimentos e 3,4% nunca tinham realizado exame parasitológico de fezes (EPF). Diante da alta prevalência de infectados conclui-se que são necessárias melhorias sanitárias, educacionais e no treinamento em boas práticas de manipulação, bem como a realização periódica do exame parasitológico de fezes.