A produtividade discursiva sobre as mulheres nos artefatos culturais: a prescrição de uma normatividade social (1950-1970)
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2517 |
Resumo: | A construção das identidades femininas dos anos de 1950 a 70, no Brasil, passou pelo investimento de discursos voltados especialmente para as mulheres observadas, enquanto “moças casadouras”, futuras esposas, mães e dona-de-casa, como também para as mulheres que não se casaram, as solteiras, o que foi mostrado nessa pesquisa. Esses discursos foram produtos do saber médico construído no século XIX que chegando ao século XX foram atravessados por outros saberes, a exemplo do religioso, da psicologia, desembocando na construção das mulheres em questão. A “mulher ideal”, um dos modelos femininos no qual esse discurso investiu, seria a moça prendada, comportada, adequada para o casamento. Nesse sentido, as mulheres que não se enquadraram, nesse tipo feminino idealizado, seriam marginalizadas, através do estigma da mulher mal amada, a solteirona, a “vitalina”, a “coroa”. Portanto, nesse trabalho, problematizamos as permanências com relação à imagem do casamento, enquanto prescrição para a realização da vida das mulheres, percebendo como nos anos 50, 60 e 70 foram produzidas as identidades das “mulheres ideais”, e também das mulheres solteiras, através da produção discursiva, feita pelas colunas femininas da revista “O cruzeiro” e de alguns cordéis de autores nordestinos. |