Riqueza de espécies, abundância e sazonalidade de Hymenoptera em vegetação de caatinga e floresta ciliar, Semiárido Paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SILVA, Lílian Azevedo da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/14340
Resumo: A ordem Hymenoptera é uma das mais diversificadas dentre os insetos, apresentando variadas biologias e diferentes níveis de sociabilidade. Na Caatinga, a presença de uma composição florística heterogênea, com áreas secas e mésicas, podem resultar em variação espacial na diversidade de grupos faunísticos. O objetivo deste estudo consistiu em avaliar a riqueza de espécies, a abundância e a composição da ordem Hymenoptera, bem como sua variação sazonal, em duas unidades de paisagem, uma de caatinga xerófila e outra no entorno de floresta ciliar no semiárido paraibano, especialmente para avaliar o possível papel das áreas mésicas como refúgio para os insetos nesta região seca. Foram utilizadas duas armadilhas malaise, uma em cada unidade de paisagem e realizadas amostragens semanais, durante um ano. Foram coletados 5.697 indivíduos com uma distribuição heterogênea em doze superfamílias, 35 famílias e 418 morfoespécies. Em relação à abundância, as famílias mais representativas foram: Formicidae, seguido de Crabronidae, Chalcididae, Vespidae, Pompilidae, Mutillidae, Bethylidae, Ichneumonidae, Bracronidae e Apidae, representando 92,15% da abundância total. Em relação ao número de espécies Chalcididae, Crabronidae, Formicidae, Braconidae e Pompilidae exibiram maior riqueza, representando 50% do total coletado. A área de floresta ciliar apresentou uma maior diversidade (H’=4,254) que a área de caatinga (H’=3,892), resultado significativo (teste t, α<0,05) devido à coleta de um maior número de espécies na área, pois a equitabilidade apresentou valores semelhantes. O número estimado de espécies na área, utilizando-se o método Chao1, permitiu reconhecer que foram coletadas cerca de 72% das espécies, analisando as duas áreas conjuntamente. Cada amostra na área próxima à floresta ciliar tendeu a apresentar mais espécies do que na caatinga, no entanto, não houve diferença significativa em relação ao número de indivíduos e famílias. A abundância e a riqueza de espécies total foram maiores no período chuvoso (3612 e 365, respectivamente) do que no período seco (2086 e 213). Em relação à riqueza de espécies por área, o período chuvoso apresentou pouca diferença entre as áreas, enquanto no período seco a caatinga apresentou uma menor riqueza. Comparando-se as amostras realizadas semanalmente, observa-se que o número de indivíduos e espécies registrados por semana no período seco foi significativamente menor do que no período chuvoso, tanto na caatinga como na floresta ciliar. O número de indivíduos capturados semanalmente, assim como o número de espécies, não apresentaram correlação significativa (Spearman) com precipitação, umidade relativa ou temperatura. No entanto, algumas famílias apresentaram correlação significativa do número de indivíduos com um ou dois fatores climáticos. A maior riqueza de espécies e indivíduos de Hymenoptera na floresta ciliar, especialmente durante o período seco, é interpretada como evidência da função de refúgio para a fauna da região semiárida. Entretanto, são necessários mais estudos a fim de identificar as variações para cada grupo.