Avaliação da ingestão hídrica por equinos da raça Quarto de Milha no Semiárido Pernambucano e relato de polidipsia psicogênica em cavalo atleta sob criação intensiva.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: LUCENA, Júlio Edson da Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25664
Resumo: O primeiro capítulo desta dissertação apresenta o resultado de um estudo realizado com o objetivo de avaliar o consumo de água por cavalos Quarto de Milha criados em sistema intensivo, realizado na região do sertão do Pernambuco. Foram utilizados oito cavalos hígidos mantidos em baias individuais e recebendo alimentação a base de feno, concentrado comercial e água ad libitum. Os animais estavam sendo treinados para prática de vaquejada e só eram retirados da baia para treinamento. Durante 35 dias foram feitas as mensurações da ingestão diária de água, consumo de feno e ração concentrada. Semanalmente os animais foram submetidos a coleta de sangue para realização de exames hematológicos e de bioquímica sérica, além de avaliação dos parâmetros fisiológicos. Após o período de acompanhamento determinou-se que a média de consumo de água para esses animais, nas condições submetidas, foi de 23,331±2,351/dia, sendo semelhante à encontrada por outras pesquisas. Houve influência positiva da temperatura ambiente sobre o consumo de água. No segundo capítulo descreve-se um caso de poliúria e polidipsia em um cavalo Quarto de Milha de vaquejada criado em sistema intensivo. O animal de 4,5 anos ficava em tempo integral em baia, saindo apenas para treinamento, três vezes por semana com duração de duas horas em média. O fornecimento de água era realizado em baldes ad libitum. De acordo com informações o animal consumia muita água e urinava muito, sendo trocado de baia algumas vezes por motivo da grande umidade provocada pela urina. Investigou-se inicialmente o sistema de fornecimento para verificar a possibilidade de vazamento de água, a qual foi descartada. A partir de então foi iniciado acompanhamento por avaliação clínica, exames laboratoriais e quantificado o volume de água consumido, durante 28 dias. Nos primeiros 14 dias o animal permaneceu na baia de origem e nos dias restantes em um piquete, porém com mesmo tratamento. Os exames realizados foram bioquímica sérica, hemograma e urinálise. O consumo de água foi de 107,714±17L/dia nos 14 dias de baia, e 52,653±20L/dia no período de permanência no piquete. Os exames realizados não identificaram alterações nos índices hematológicos e bioquímico, apenas uma diminuição no hematócrito quando o animal estava na baia. A urinálise revelou densidades urinárias de 1008 e 1027, respectivamente após os dias de manutenção na baia e no piquete. O diagnóstico de polidipsia psicogênica foi realizado através da quantificação do volume de água ingerida, acompanhamento clínico e exames laboratoriais, sendo que a mudança de ambiente foi determinante na conclusão da causa.