Espetacularização e estigmatização nas matérias sobre crimes/criminalidade publicadas no Diário da Borborema (Campina Grande/PB): uma análise de conteúdo referente ao período de junho a novembro de 2009.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: PONTES, Carolina de Moura Cordeiro.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1788
Resumo: Este estudo focaliza as maneiras pelas quais fatos classificados como criminosos são apresentados na imprensa escrita. Especificamente, analisamos um corpus constituído pelas notícias sobre crimes publicadas no Diário da Borborema (Campina Grande-PB), entre os períodos de junho a novembro de 2009. A perspectiva teórica se apoia na discussão sobre a função pedagógica da publicização de crimes e de suas punições, inspirada por Foucault, em "Vigiar e punir" e no debate sobre os processos sociais de estigmatização, feito por Goffman. A metodologia utilizada é a Análise de Conteúdo, pressupondo uma abordagem que junta o enfoque quantitativo e o qualitativo. Dentre as conclusões mais significativas deste estudo estão as seguintes: Nossa análise de conteúdo de um corpus constituído pelas matérias sobre crimes e criminalidade publicadas no Diário da Borborema (Campina Grande-PB), no período de junho a novembro de 2009, corroborou o que aponta a literatura pertinente sobre a associação midiática entre pobreza e criminalidade (cf. MISSE, 1995; SOARES, 2010) construída através tanto do maior número de matérias que descrevem os indivíduos criminosos como pobres, se comparadas com aquelas que descrevem os criminosos como ricos, quanto pelo espaço dedicado aos crimes cometidos por indivíduos das camadas populares e para aqueles cometidos por sujeitos das camadas superiores. Também observamos as diferenças na linguagem utilizada nas matérias em que se noticiaram crimes cometidos por indivíduos das diferentes classes sociais