Avaliação do desempenho de filtros anaeróbicos, com leitos de pedras. Tratando efluentes de lagoas de maturação primária.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: SANTOS, José Amauri Almeida.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2939
Resumo: O presente trabalho versa sobre o desempenho de filtros anaeróbios, com leitos de pedra, em escala-piloto, no clareamento e remoção de matéria orgânica em suspensão no efluente de lagoas de maturação primária. Os filtros analisados estavam localizados na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), bairro da Catingueira - Campina Grande-PB (7a 13' 11" S, 359 52' 31." O, 550 m acima do nível do mar), estado da Paraíba, nordeste do Brasil, O sistema experimental era constituído por três filtros paralelos de geometria idêntica (retangular), denominados FB2, FB3 e FB4. No interior dos reatores foi disposta uma camada de pedra (leito filtrante), com diferentes granulometrias (diâmetro de 38, 25, e 19 mm respectivamente). A monitoração de rotina foi no período de outubro de 1992 a setembro de 1993, tendo sido empregada a amostragem de efluente para a lagoa de maturação (Mts) e para os filtros (FB2, FB3, e FB4). Também foram coíetadas amostras pontuais em diferentes níveis do leito de pedra, um experimento no ciclo diário. Ao longo do período experimental foram investigados os parâmetros, DBOs (Demanda Bioquímica de Oxigénio), DQO (Demanda Química de Oxigénio), N-NH,+ (Nitrogénio amoniacal), pH, Alcalinidade total (alca-total), Enxofre (SCV e S" ), Fósforo (P-total e P-solúvel), SS (Sólidos totais suspensos), Cl"a" (Clorofila "a"), CF (Coliformes fecais) e Temperatura. Foi verificada uma remoção considerável de DBO5, DQO, SS, Cl"a" , e CF, atribuída à atuação dos mecanismos de retenção física e assimilação biológica. O efluente do sistema de filtros apresentou concentrações de DBOs e SS (16 e 24 mg/l), menores que as recomendadas pelos órgãos de controle ambiental dos EUA e Reino Unido para lançamento em rios. A qualidade bacteriológica do efluente está próximo ao valor padrão requerido por WHO (1989) , menos que 1000 CF/ 100 ml de efluente. Nesse parâmetro a remoção porcentual foi na faixa de 71 - 77% nos filtros de pedra. As maiores eficiências, quanto à remoção, foram observadas nas profundidades mais baixas do leito percolador ( aprox. 20 cm ), fato concordante e unânime ao relatado pela literatura pesquisada. Os filtros, por apresentarem condições predominantemente anaeróbias, proporcionaram uma elevação nas concentrações de sulfeto e nitrogénio amoniacal, fatores que podem limitar o uso de filtros de pedra, devido principalmente a problemas de maus odores e toxicidade, além de promover aumento da produtividade primária nos corpos aquáticos, como consequência da elevação dos níveis de nutrientes) nos mesmos.