Ser ou não ser: a representação de virilidade nas capas da G Magazine (1997-2007).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: SILVA, Fábio Ronaldo da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3768
Resumo: O presente trabalho tem como proposta analisar como as capas da G Magazine (1997-2007), revista brasileira voltada para o público LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Transexuais). Buscamos questionar algumas construções identitárias tidas como naturalizadas e não inventadas, principalmente da identidade do homem viril que, nas capas da revista será representada por modelos que forjam uma virilidade seja esta através do vestuário, posições corporais ou expressões faciais. Escolhemos analisar capas pelo fato de que elas, por si só, já vendem a revista, logo, a produção das mesmas passa por um maior rigor, além do mais, imagens não servem apenas para ilustrar, elas possuem informações que, quando decodificadas, transpassam a própria imagem, pois, antes de tudo, imagem é um símbolo. Ao trazer em suas capas homens que encenam a virilidade, a revista contribui para que a identidade dos seus possíveis consumidores seja influenciada não apenas no tocante ao viril, mas também ao modelo de corpo “ideal”, isto é, o corpo que se deseja e o corpo desejado. Mas, ao mesmo tempo em que mostra apenas homens viris ou que simulam a virilidade em suas capas, a G Magazine acaba contribuindo para que a imagem dos chamados não-viris seja descartada, negada. A pesquisa aqui apresentada é de cunho interpretativa onde utilizamos como base discursiva na análise das capas da G Magazine a idéia de representação trazida por vários teóricos, dos quais destacamos Roger CHARTIER (1990) que vai valorizar, em sua análise, os signos não-verbais. A proposta de trabalho aqui apresentada foi desenvolvida com base na discussão sobre a representação fotográfica, semiótica e homoerotismo.