Influência dos elementos meteorológicos na qualidade de vida de pacientes com osteoartrite de mãos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: FIGUEIREDO, Evânia Claudino Queiroga de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2027
Resumo: A Osteoartrite apresenta um amplo espectro, envolvendo comumente articulações periféricas como joelhos, mãos e quadris. Fatores ambientais, como os relacionados aos elementos meteorológicos, possivelmente pioram os sintomas da osteoartrite. Diante da escassez de estudos da relação dos sintomas da osteoartrite e o tempo, e mais especificamente da osteoartrite de mãos, o trabalho teve como objetivo investigar a relação da dor, rigidez e função das mãos de pacientes com osteoartrite com os elementos meteorológicos, utilizando o questionário de avaliação e quantificação de doenças reumáticas crônicas das mãos, e avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde através do questionário SF-36. O estudo consistiu em um coorte prospectivo realizado na cidade de Campina Grande - PB, envolvendo 32 pacientes com osteoartrite de mãos, realizado nos meses de julho e novembro do ano de 2009, representando os períodos frio e quente, respectivamente. O questionário específico de doenças reumáticas crônicas das mãos foi respondido em dias pré-determinados, três vezes por semana e o questionário genérico de qualidade de vida relacionada à saúde, o SF-36, no início de cada mês subsequente aos meses de resposta ao questionário das mãos. Através da análise bivariada e da regressão múltipla, os resultados dos escores foram correlacionados as variáveis meteorológicas como a pressão atmosférica, a precipitação, a temperatura e a umidade relativa do ar, nos dias de aplicação do questionário, no dia anterior e dia seguinte, totalizando 12 variáveis. Todas as participantes foram do sexo feminino, com média de idade de 62 9 anos. Em resposta ao questionário SF-36, o aspecto físico dor foi o que apresentou escores mais baixos correspondentes aos meses de julho e novembro (51 19 e 46 15) sem diferença significativa (p= 0,21). A função e a dor das mãos foi associada de forma significativa com três ou mais variáveis do tempo em 17 e 11 pacientes respectivamente. A análise multivariada explicou entre 58 % e 87 % (R2) a variação da função em 13 pacientes, enquanto a variação da dor foi explicada entre 52 % a 88 % (R2) em oito pacientes com associação a pelo menos três variáveis do tempo. As pacientes diferiram nas variáveis e no sentido da associação, porém ocorreu uma predominância de correlação negativa com a temperatura. As pacientes sensíveis às variáveis meteorológicas apresentaram idade de 67 7 anos enquanto que as não sensíveis tinham idade de 60 9 anos, com diferença significativa (p<0,009). Em conclusão, os aspectos físicos do questionário SF-36 apresentaram escores baixos, compatíveis com uma doença que apresenta comprometimento articular das mãos. A sensibilidade às variáveis meteorológicas em pacientes com osteoartrite de mãos foi observada como um fenômeno individualizado e relacionado à idade mais avançada. A função e a dor das mãos foi significativamente associada a três ou mais variáveis do tempo, com destaque para a predominância da relação inversa com a temperatura.