Avaliação dos jovens regenerantes e da rebrota de Prosopis juliflora (Sw) DC. Em área degradada de mata ciliar no Semiárido Paraibano.

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: SILVA, Aldair Daniel da.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido - CDSA; MESTRADO PROFISSIONAL EM REDE NACIONAL EM GESTÃO E REGULAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS; UFCG
• Palavras-chave em Português: Vegetação ribeirinha; Mata ciliar de caatinga; Ecologia de população; Espécie Exótica e invasora; Riacho intermitente; Cariri Paraibano - matas; Sub-bacia do Rio Taperoá; Gestão de recursos naturais; Bacias hidrográficas - Paraíba; Recuperação de matas ciliares; Restauração de matas ciliares; Inventário em área degradada; Semiárido Brasileiro; Riparian vegetation; Caatinga riparian forest; Population ecology; Exotic and invasive species; Intermittent stream; Cariri Paraibano – forests; Taperoá River Sub-basin; Natural resource management; Watersheds - Paraíba; Restoration of riparian forests; Inventory in degraded area; Brazilian semiarid
• Link de acesso: http://dx.doi.org/10.52446/ProfaguaCDSA.2022.D.Silva; http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24243

O objetivo deste trabalho foi avaliar os parâmetros fitossociológicos dos jovens regenerantes e a dinâmica da rebrota de Prosopis juliflora (Sw.) DC. em área ciliar degradada de um sistema ribeirinho intermitente no município de Serra Branca, Cariri paraibano. O período amostral foi de fevereiro a julho de 2021 e abrangeu a área ciliar degradada do riacho Lagoa da Serra (7°30’04.32’’ S e 36°42’13.12’’ W, com 511 m de altitude) pertencente a sub-bacia do Rio Taperoá. Nesse trecho de mata ciliar foram demarcadas para o estudo 50 parcelas contíguas de 10 x 20 m. Foram calculados os valores de área basal e os parâmetros absolutos de densidade (DA) e frequência (FA). Os indivíduos foram classificados em classes diamétricas e de altura. Considerando o levantamento de jovens regenerantes foram identificados 285 indivíduos. A densidade foi de 285 indivíduos.ha-1. Os indivíduos jovens de P. juliflora foram registrados em 29 parcelas representando 58% do total amostrado. A altura média registrada para os jovens regenerantes foi de 1,54 m e diâmetro médio de 1,65 cm. Considerando os parâmetros fitossociológicos de densidade absoluta e frequência absoluta por classes de tamanho da regeneração natural, os maiores valores foram encontrados na classe 4 (h > 1,51 m e DNS < 3,0 cm), 136 ind./ha e 50%. Na distribuição percentual do número de indivíduos por classe de tamanho da regeneração natural foi observado um aumento do número de indivíduos jovens, com o aumento das classes, CT1(8,43%), CT2 (14,03%), CT3 (29,82%) e CT4 (47,72%). Para a dinâmica da rebrota foram identificados 106 indivíduos com rebrota. A densidade foi de 106 indivíduos.ha-1. A área basal total da rebrota foi de 2,12 m2.ha-1. Identificou-se indivíduos com rebrota em 23 parcelas, representando 46% do total amostrado. A altura média registrada para a rebrota foi de 4,69 m e diâmetro médio de 20,18 cm. A classe de altura que apresentou o maior número de indivíduos foi a classe IV (4,1-5,0 m), onde 29,24% dos indivíduos amostrados se encontraram presente. Para as classes de diâmetro a maior quantidade de indivíduos foi identificada na classe IV (12,1-15,0 cm) sendo que 15,09 % do total de indivíduos amostrados estiveram presentes nesta classe. Considerando os indivíduos que não apresentaram rebrota, foram registrados 130 tocos. Relacionado a frequência absoluta tem-se que das 50 parcelas, os tocos foram registrados em 32 parcelas, representando 64% das parcelas amostradas. A altura média registrada para os tocos foi de 14,85 cm e o diâmetro médio registrado de 16,88 cm. Para as classes de altura dos tocos que não apresentaram rebrota observou-se a formação de J invertido nas classes nos intervalos de 5,0-10,0 cm a 60,1-65,0 cm. Nas classes de diâmetro dos tocos que não apresentaram rebrota a classe IV (12,1- 15,0 cm) foi a que apresentou a maior número nos intervalos amostrados. Portanto, os dados registrados nesse estudo se mostram relevantes para o conhecimento sobre a regeneração natural e a dinâmica de rebrota de P. Juliflora, possibilitando o direcionamento de estratégias de seu manejo em matas ciliares degradadas ao longo de riachos intermitentes em áreas de Caatinga, visando a conservação dos recursos hídricos associados nesses ecossistemas, estando assim em aderência aos objetivos 6 e 15 dos ODS 2030.