Fatores sócioambientais associados na ocorrência de doenças negligenciadas no Estado da Paraíba, Brasil.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/15369 |
Resumo: | O objetivo desta pesquisa foi avaliar a situação de saúde e os padrões espaço-temporais dos fatores relacionados às doenças negligencidas (DNs), baseado em dados secundários extraídos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN). A fim de se analisar a variabilidade espaço-temporal das DNs no Estado da Paraíba e fatores relacionados à morbidade a partir de técnicas de estatística multivariadas e de geoprocessamento. A área de estudo compreendeu o estado da Paraíba, região nordeste do Brasil. Como metodologia realizou-se, inicialmente, foram utilizadas técnicas estatísticas de analises espaciais e temporais, como também de técnicas de geoprocessamento e a base dos dados foram registros de morbidade relacionada a DNs associados aos bancos de dados referentes aos indicadores ambientais e socioeconômicos, revelando o atual cenário das DNs e delineamento os municípios como de maior incidência de casos levando em consideração associações ambientais desses locais mais emergentes e a situação socioeconômica. Em seguida, a elaboração de um Índice de Vulnerabilidade da Socioeconômica e Ambiental (IVSA), que permitiu compreender as relações existentes entre os fatores ajustados, sendo possível identificar cinco principais forças concorrentes que atuam sobre o processo de vulnerabilidade nos municípios do estado da Paraíba. As principais variáveis descritoras foram: temperatura média do ar (99,4%); máxima temperatura média (98,8%) e precipitação anual (98,8%) (dimensão Climática); IDHM da renda (96,2%) e renda per capita (96,1%) (dimensão Socioeconômica). Em seguida, a elaboração de mapas temáticos das incidências de cada DNs com a identificação das áreas endêmicas através do índice I de Moran. A aplicação da regressão espacial associado com incidências de cada DNs com indicadores socioeconômicos, ambientais além de dos fatores do índice IVSA obtidos pela aplicação da análise multivariada em fatores principais (AF). Houve forte associação espacial dos casos de Esquistossomose e Leishmaniose tegumentar americana (LTA) por densidade demográfica e identificadas pelo índice I de Moran (0,688 e 0,413) e uma fraca associação para as DNs (Dengue, Leishmaniose visceral, Hanseníase e Tuberculose). A associação de casos com variáveis dos grandes usos da terra em diferentes perfis agropecuários na microrregião do Brejo Paraibano demonstra o caráter ocupacional da LTA, associado principalmente com trabalhadores da zona rural. A associação da doença com as variáveis ambientais e deficiência das condições de saneamento básico, renda e educação também demonstram relevância no perfil de transmissão da Esquistossomose na microrregião do Litoral Sul do estado da Paraíba. Deste modo a utilização de técnicas de análise espacial em vigilância epidemiológica mostrou-se como alternativa principalmente no que se remete a medidas de atuação na vigilância em saúde, pois pode auxiliar na organização e análise espacial de dados sobre ambiente, sociedade e saúde, permitindo a elaboração de diagnósticos de situação e o intercâmbio de informações entre setores ao detectar com eficácia o domínio espacial em que as morbidades estão mais presentes bem como covariáveis ambientais associadas diretamente. |