Propriedades termomecânicas de argamassas adicionadas com bentonita e resíduo de vermiculita.

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: DIAS, Renata Tomaz Vieira.
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN; PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA; UFCG
• Palavras-chave em Português: Construções rurais e ambiência; Comportamento térmico; Compósito cimentício – impermeabilidade; Resíduo mineral – agregado alternativo; Rural constructions and ambience; Thermal behavior; Cementitious composite – impermeability; Mineral waste – alternative aggregate; Engenharia Agrícola.
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/39688

Diante das mudanças climáticas, está previsto um aumento de 3°C da temperatura terrestre, até 2030, como consequência do rápido crescimento das áreas urbanas e um mal plano energético eficiente, onde edifícios têm importante contribuição para a solução, pois estes são responsáveis pelo crescimento da demanda global de energia. Neste contexto, é necessário desenvolver materiais que possam ser aplicados nessas edificações, com a função de reduzir o consumo energético por meio de propriedades térmicas melhoradas e, de preferência materiais locais que reduzam a geração de resíduos sólidos. Este trabalho teve como objetivo analisar a viabilidade da bentonita e do resíduo de vermiculita em substituição parcial do aglomerante e agregado, respectivamente, em argamassa de revestimento. Foram preparadas argamassas em diferentes teores de substituição (0, 4, 8 e 12% para bentonita e 60% para resíduo de vermiculita) que se correlacionam, para melhor avalição comparativa, além da argamassa de referência. As argamassas foram analisadas no estado endurecido por meio de ensaios de caracterizações físicas e mecânicas (resistência à compressão, tração por compressão diametral e absorção de água por imersão e capilaridade), aos 28 dias de cura. A análise microestrutural foi realizada por meio de ensaios de difração, fluorescência de raios-X e termogravimetria. O comportamento térmico, foi avaliado determinando-se a condutividade, resistência e transmitância térmica do material. A argamassa A60C4 apresentou melhores resultados de resistência à compressão e tração por compressão diametral, com acréscimos de 5,45% e 78,15%, respectivamente, em relação a argamassa de referência. Maior absorção de água por imersão e capilaridade nas argamassas que continham resíduo de vermiculita e bentonita. Nas propriedades térmicas, os melhores resultados também se apresentaram na argamassa A60C4, com 33,3% de melhoria na condutividade, 57,14% na resistência e 32,25% na transmitância. Os resultados possibilitaram concluir que a argamassa A60C4 se apresentou como um bom isolante térmico podendo promover um melhor conforto térmico aos usuários no interior das edificações revestidas pelo mesmo.